Caprinos de Abrolhos têm capacidade de adaptação à escassez hídrica.
A presença de cabras no arquipélago de Abrolhos, localizado no extremo sul da Bahia, é um tema que tem gerado discussões há anos. De acordo com estudos, as primeiras cabras teriam chegado à região há mais de 200 anos, o que levou a uma série de impactos ambientais significativos. A retirada desses animais é considerada uma medida necessária para a preservação da biodiversidade local.
Em março, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) concluiu a retirada de cabras da Ilha Santa Bárbara, um importante passo para a proteção do ecossistema. Além disso, a ação também visa proteger outros animais e espécies caprinos que habitam a região. A conservação da biodiversidade é fundamental e a retirada das cabras é apenas o início de um processo mais amplo de preservação. A colaboração de todos é essencial para garantir a saúde do ecossistema e a sobrevivência das espécies que o habitam. Com a continuidade dessas ações, é possível proteger o futuro do arquipélago de Abrolhos e de seus habitantes, incluindo as cabras e outros animais.
Introdução às Cabras
As cabras que habitavam a Ilha de Santa Bárbara, no arquipélago de Abrolhos, serão estudadas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Embrapa devido à sua capacidade de adaptação à escassez hídrica. Essas cabras, que são animais caprinos, viviam isoladas na ilha há mais de 200 anos e conseguiram sobreviver mesmo com a ausência de fontes de água doce no local. A remoção dessas cabras foi necessária devido ao impacto ambiental causado por esses animais exóticos, que habitavam a ilha e afetavam a vida de outros animais, como as aves marinhas.
A presença dessas cabras no arquipélago de Abrolhos remonta ao período da colonização, quando navegadores as levaram para a ilha como garantia de subsistência durante expedições. O arquipélago foi visitado pelo naturalista Charles Darwin em 1832, e desde então, as cabras se tornaram uma parte integrante da ilha. No entanto, com o passar do tempo, a presença dessas cabras tornou-se desnecessária, pois os recursos da vida moderna e o apoio logístico prestado bimestralmente pela Marinha aos militares que guarnecem a Ilha de Santa Bárbara tornaram a presença desses animais caprinos dispensável.
Estudos sobre as Cabras
Os estudos sobre as cabras serão realizados pela Uesb e Embrapa, com o objetivo de entender melhor a capacidade de adaptação desses animais à escassez hídrica. Esses estudos podem beneficiar a criação de cabras em regiões semiáridas, como a Caatinga, onde a criação de cabras é uma das principais atividades econômicas e de subsistência da população. Além disso, o material genético dessas cabras pode ser valioso para pequenas propriedades rurais, pois pode melhorar o desempenho de animais do continente, tornando-os mais resistentes em áreas com escassez de água.
A erradicação das espécies exóticas, incluindo as cabras, foi considerada crucial para a regeneração da vegetação da Ilha Santa Bárbara e proteger as sete espécies de aves marinhas que se reproduzem em Abrolhos, incluindo a grazina-do-bico-vermelho, espécie ameaçada que tem sua maior colônia no arquipélago. A presença dessas cabras, que são animais caprinos, afetava a vida de outros animais, como as aves marinhas, e a remoção delas foi necessária para proteger a biodiversidade da ilha.
Conservação das Cabras
A Uesb e Embrapa devem dar início a um plano de conservação para ampliar o rebanho de cabras, armazenar material genético (sêmen e embriões) e distribuí-lo para produtores rurais. Esse plano de conservação pode beneficiar a criação de cabras em regiões semiáridas, como a Caatinga, onde a criação de cabras é uma das principais atividades econômicas e de subsistência da população. Além disso, o material genético dessas cabras pode ser valioso para pequenas propriedades rurais, pois pode melhorar o desempenho de animais do continente, tornando-os mais resistentes em áreas com escassez de água.
A criação de cabras é uma das principais atividades econômicas e de subsistência da população que habita a Caatinga, sendo muitas vezes a única fonte de proteína para famílias de baixa renda. A presença dessas cabras, que são animais caprinos, é importante para a economia e a subsistência da população, e a conservação delas é fundamental para proteger a biodiversidade e a economia da região.
Fonte: @ Terra
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