Tecnologias em saúde trazem respostas, telessaúde relevante para TEA em redes de atenção
O autismo é um tema que tem ganhado cada vez mais destaque nos últimos anos, com um aumento significativo na discussão e conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista. A importância da conscientização sobre o autismo não pode ser subestimada, pois é fundamental para promover a inclusão e o respeito às pessoas com autismo. Além disso, o autismo é uma condição que afeta muitas famílias e, portanto, é essencial que haja um entendimento mais profundo sobre o assunto.
A neurodiversidade é um conceito que está cada vez mais relacionado ao autismo, pois reconhece que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm uma forma única de processar informações e interagir com o mundo. A aceitação da neurodiversidade é fundamental para criar um ambiente mais inclusivo e respeitoso para as pessoas com autismo. Além disso, o TEA é uma condição que requer compreensão e apoio, e é importante que as pessoas sejam educadas sobre o autismo e suas implicações. A conscientização sobre o autismo e a neurodiversidade pode ajudar a promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para as pessoas com autismo, e é essencial que haja um esforço contínuo para promover a conscientização sobre o autismo e apoiar as pessoas com TEA.
Introdução ao Autismo
O autismo é uma condição que apresenta desafios significativos para os sistemas de saúde, que lutam para garantir a sustentabilidade e a integralidade do cuidado às pessoas autistas e suas famílias. Essa questão é global e afeta tanto o sistema público quanto o suplementar, revelando insuficiência de recursos e fragilidade nas redes de atenção. Embora o Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresente características comuns, cada indivíduo dentro do espectro é singular em seus desafios e potencialidades, com necessidades que dependem tanto das particularidades da sua condição quanto da capacidade de resposta das comunidades em que estão inseridos.
A neurodiversidade é um conceito importante que reconhece a diversidade de condições neurológicas, incluindo o autismo. No entanto, apesar dos avanços regulatórios e da construção de políticas públicas que reconhecem a neurodiversidade, diversos fatores ainda comprometem uma assistência efetiva. A baixa disponibilidade e concentração desigual de profissionais com capacitação nesta temática são fatores que comprometem o acesso, mas não apenas.
Desafios no Cuidado ao Autismo
Para assegurar o acesso e a integralidade em saúde às pessoas com TEA, é preciso reconhecer que a Atenção Especializada não pode ser o único espaço para atendimento das necessidades específicas desse público. A fragilidade na articulação das redes de atenção e, sobretudo, a predominância de modelos de cuidado fragmentados e centrados exclusivamente em atendimentos individuais são fatores que dificultam a construção de trajetórias terapêuticas eficazes. Para otimizar recursos e garantir uma resposta mais resolutiva, é essencial qualificar e articular os diferentes pontos das redes de atenção.
Uma vez que o desenvolvimento da autonomia passa necessariamente pela capacidade das pessoas no espectro e suas famílias encontrarem redes de suporte dentro das próprias comunidades em que estão inseridos, estratégias como atendimentos em grupo e intervenções realizadas nos ambientes naturais dos indivíduos têm ganhado relevância. Além disso, a incorporação de tecnologias em saúde pode trazer respostas que enfrentem tanto a escassez de recursos quanto a necessidade de fortalecer as redes de atenção.
Tecnologias em Saúde e Autismo
A telessaúde, em particular, tem demonstrado crescente relevância no cuidado às pessoas com TEA. Do ponto de vista técnico, há evidências que indicam que métodos baseados em telessaúde apresentaram precisão diagnóstica entre 80% e 91% quando comparados à modalidade presencial, além de altos índices de satisfação entre cuidadores, pacientes e profissionais. Também já foram descritos resultados positivos em relação à eficácia de intervenções multiprofissionais realizadas de forma remota, sobretudo em contextos com menor disponibilidade de especialistas.
A integração do cuidado é um dos principais benefícios da telessaúde, pois permite a comunicação entre profissionais de diferentes pontos da rede de atenção, promovendo planos terapêuticos coordenados. Ela permite ainda ampliar a capacidade de resposta das redes de atenção, por meio da educação permanente das equipes não especializadas. Além disso, o autismo é uma condição que requer uma abordagem holística, considerando as necessidades específicas de cada indivíduo e sua família, e a neurodiversidade é um conceito fundamental para entender e apoiar as pessoas com TEA.
Fonte: @ Veja Abril
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