Papéis da companhia aérea sobem 18% com plano de emissão de ações para pagar US$ 600 milhões em dívidas, parte da reestruturação e recuperação extrajudicial.
A Azul está prestes a fechar um novo acordo com arrendadores de aeronaves, o que gerou um aumento significativo nas ações da companhia aérea. Esse movimento trouxe ânimo aos investidores, que estão ansiosos para ver como essa mudança afetará o mercado. Com essa notícia, as ações da Azul dispararam, registrando um aumento de 18,07% por volta das 15h50, atingindo o valor de R$ 4,77.
Esse aumento nas ações da Azul é um sinal positivo para o mercado, especialmente considerando o contexto atual. As ações preferenciais da companhia aérea estão em alta, o que pode atrair mais investidores. Além disso, o Ibovespa também registrou uma alta de 0,68%, atingindo 134.947 pontos. A confiança dos investidores está crescendo e é provável que essa tendência continue nos próximos dias. O futuro da Azul parece promissor.
Ações da Azul: Uma Nova Estratégia para Enfrentar as Dívidas
A Azul está propondo um pacote de ações para pagar cerca de US$ 600 milhões em dívidas, representando aproximadamente 20% do seu capital social. A maioria dos arrendadores concordou com o plano, que pode ser assinado nas próximas semanas. Caso seja fechado, o acordo abriria caminho para uma recuperação extrajudicial e não uma reestruturação mais profunda, por meio de um Chapter 11, o equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos.
A Azul havia fechado um acordo com arrendadores e fabricantes de aeronaves em outubro de 2023 para entregar US$ 570 milhões em ações, avaliadas a R$ 36, como parte de uma reestruturação que alongou os vencimentos da dívida e levantou capital. Além disso, a companhia também fechou a emissão de US$ 370,5 milhões em títulos de dívida. A emissão das ações seria feita em parcelas trimestrais, começando no terceiro trimestre deste ano e conclusão prevista para o quarto trimestre de 2027.
Ações da Companhia: Uma Estratégia para Enfrentar as Dívidas
As ações da Azul acumulam uma queda de 67,7% no ano, com o valor de mercado somando R$ 1,6 bilhão. A empresa sente as consequências da depreciação do câmbio e das enchentes no Rio Grande do Sul, onde possui uma operação relevante. A receita operacional da companhia ficou em R$ 4,2 bilhões no segundo trimestre, queda de 2,3% em base anual, por conta desses fatores, e a situação forçou outra reestruturação.
A dívida bruta da Azul aumentou 15,3% no período, em comparação com os primeiros três meses do ano, para R$ 28,1 bilhões. Segundo a companhia, isso se deu principalmente devido à depreciação de 11,7% do real em relação ao dólar trimestre, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais. Já a alavancagem da operação alcançou o patamar de 4,5 vezes entre abril e junho, acima do índice de 3,7 vezes do primeiro trimestre.
Ações Preferenciais: Uma Opção para a Azul
A Azul está avaliando, junto com stakeholders, ‘diversas modalidades de negócio para otimizar a estrutura de equity’. A empresa acrescentou que está analisando ‘outras formas de captação adicional de recursos, através do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) e utilizando a Azul Cargo como garantia, no valor de até US$ 800 milhões’. No entanto, a companhia não quis comentar sobre o assunto.
Em meio a esse processo, o mercado também está atento à possibilidade de uma fusão entre Azul e Gol se concretizar. Quando anunciaram um acordo para compartilhamento de voos, em maio, a avaliação foi de que o ‘namoro’ ficou mais sério. Desde então, pouco se falou sobre uma possível união das empresas.
Fonte: @ NEO FEED
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