Banco mantém recomendação de compra, mas papel é penalizado por atrasos em projetos estratégicos, com preço-alvo em escala internacional, após realocação de dívida e campanha de perfuração no mercado.
A Brava (BRAV3), empresa resultante da fusão entre a Enauta e a 3R, está enfrentando uma forte queda em suas ações no pregão de hoje na B3, desafiando o movimento de valorização das concorrentes e o preço do petróleo no mercado internacional. Esse cenário é preocupante para os investidores que apostaram na empresa.
Por volta de 14h, o papel da Brava recuava 3%, negociado a R$ 17,41, o que é um sinal de alerta para a companhia. A Brava precisa reagir rapidamente para não perder mais terreno no mercado. A estabilidade é fundamental para a recuperação da empresa e a manutenção da confiança dos investidores.
Brava: Análise de Mercado e Perspectivas
A Brava, uma das principais empresas do setor de óleo e gás, tem apresentado um desempenho notável no mercado. As ações da Petroreconcavo (RECV3) subiram 2,8%, alcançando R$ 18,20, enquanto a Prio (PRIO3) avançou 1%, atingindo R$ 44,74. Além disso, as ações da Petrobras também têm apresentado alta significativa.
Um relatório recente do Citi apontou uma redução no preço-alvo para as ações da companhia, passando de R$ 50 para R$ 40, mantendo a recomendação de compra. Os analistas do banco afirmam ter atualizado o modelo de avaliação para refletir a nova estrutura da empresa, incorporando os ativos da Enauta e a maior participação na 3R Offshore.
A visão dos analistas é que a empresa combinada está melhor posicionada no mercado de óleo e gás do que as empresas separadas, principalmente devido ao endividamento adequado para suportar a história de crescimento, um maior ganho em escala operacional e potenciais sinergias, especialmente em questões fiscais e na realocação de dívida. A Brava é uma das principais empresas do setor e sua performance é um indicador importante do mercado.
Brava: Perspectivas para o Quarto Trimestre
O quarto trimestre será um dos períodos mais importantes para a Brava, devido ao início da produção do navio-plataforma (FPSO) Atlanta, o início da campanha de perfuração no poço Papa Terra, e início da operação dos geradores de vapor no Cluster Potiguar. Esses eventos são fundamentais para a empresa e devem aumentar o nível de confiança dos investidores na execução da companhia.
No entanto, a mobilização na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a greve do Ibama atrasaram a operação de Atlanta e a retomada da produção de Papa Terra, que deve começar em novembro e dezembro de 2024, respectivamente. Esses atrasos podem afetar a performance da empresa no curto prazo, mas a Brava continua sendo uma das principais empresas do setor de óleo e gás.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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