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Descoberta surpreendente: missão OSIRIS-REx coleta amostra antiga de asteroide carbonáceo, revelando segredos do mundo oceânico e origem da vida.
Um estudo divulgado nesta quarta-feira (26) na revista Meteoritics & Planetary Science revela uma descoberta intrigante sobre o asteroide Bennu: ele pode ser parte de um antigo mundo oceânico já extinto. Essa conclusão é fruto de análises realizadas em fragmentos das amostras coletadas no Bennu pela missão OSIRIS-REx, da NASA.
Os resultados das análises feitas nos fragmentos do Bennu sugerem uma possível ligação com um antigo mundo oceânico, trazendo novas perspectivas sobre a origem e evolução desse asteroide. A missão OSIRIS-REx, que trouxe amostras da rocha espacial para a Terra, representou um avanço significativo na exploração espacial e contribuiu para expandir nosso conhecimento sobre os corpos celestes que nos rodeiam.
Descoberta Surpreendente de Compostos Antigos no Asteroide Bennu
Desde a chegada das amostras, cientistas em todo o mundo estão ansiosos para examiná-las, em busca de informações valiosas sobre a composição molecular do asteroide Bennu. Essas análises podem fornecer pistas cruciais sobre a história do Sistema Solar e a possível origem da vida na Terra. A cápsula contendo amostras do asteroide Bennu foi aberta em um laboratório especial da NASA, revelando segredos intrigantes sobre a rocha espacial.
Moléculas do asteroide Bennu podem ter desempenhado um papel fundamental na formação da vida em nosso planeta. Formado na mesma época que nosso sistema planetário, Bennu pode conter moléculas prebióticas e até mesmo água, elementos essenciais para a habitabilidade da Terra. As análises iniciais já trouxeram resultados promissores, com a identificação de carbono, água e fosfato de magnésio-sódio, um composto surpreendente não detectado anteriormente nos dados da sonda.
A presença do fosfato de magnésio-sódio em Bennu sugere uma conexão intrigante com um mundo oceânico antigo, que há muito tempo desapareceu. Essa descoberta levanta a possibilidade de que o asteroide tenha tido um passado aquoso, o que poderia ter impactado significativamente sua composição e história evolutiva. A coleta das amostras ocorreu em 20 de outubro de 2020, durante uma missão da OSIRIS-REx, utilizando o Mecanismo de Aquisição de Amostra Touch-and-Go (TAGSAM) para capturar regolito da superfície de Bennu.
Análises mais detalhadas revelaram que o regolito do asteroide é composto principalmente por filossilicatos contendo magnésio, como serpentinitos e esmectites, rochas típicas de cordilheiras oceânicas na Terra. Essa semelhança com rochas terrestres fornece pistas importantes sobre o passado geológico de Bennu e seu possível ambiente oceânico de origem. As descobertas na superfície do asteroide indicam que, apesar das mudanças ao longo do tempo, Bennu ainda preserva características antigas da época da formação do Sistema Solar.
A missão OSIRIS-REx continua a surpreender os cientistas com novas descobertas sobre o asteroide Bennu, revelando insights fascinantes sobre a história do nosso Sistema Solar e o potencial impacto desses corpos celestes em nosso planeta. A investigação em curso promete desvendar mais segredos sobre a origem e evolução de Bennu, enriquecendo nosso entendimento do cosmos e do papel dos asteroides na formação do universo.
Fonte: @Olhar Digital
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