Reduções acima da média histórica devido a incertezas sobre tarifas e inflação no mercado de Materiais.
Os analistas estão cada vez mais preocupados com as implicações das tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump a outros países, o que pode ter um impacto significativo na inflação e, consequentemente, nas estimativas de lucro por ação das empresas. Nesse contexto, os analistas reduziram as estimativas de lucro por ação mais do que a média histórica para as empresas do S&P 500, o que é um indicador importante do desempenho econômico.
De acordo com especialistas e profissionais do setor, as tarifas impostas por Trump podem ter um efeito cascata na economia global, afetando não apenas as empresas americanas, mas também as de outros países. Peritos em economia internacional destacam que a temporada de resultados do primeiro trimestre do ano, que vai de 31 de dezembro a 27 de fevereiro, será crucial para entender o impacto dessas tarifas nas empresas do S&P 500. Os analistas estão de olho nos resultados e as estimativas de lucro por ação estão sendo revistas constantemente. É importante notar que as implicações dessas tarifas ainda são incertas e os investidores devem estar preparados para possíveis mudanças no mercado. A situação é complexa e requer uma análise cuidadosa por parte dos analistas e especialistas.
Visão Geral do Mercado
De acordo com um levantamento da consultoria FactSet, os analistas reduziram as estimativas de lucro por ação em 3,5% durante janeiro e fevereiro, passando de US$ 62,89 para US$ 60,66. Esse declínio é mais acentuado do que o registrado nos últimos cinco anos, que apresentou uma média de 2,6%. Todos os onze setores que compõem o índice apresentaram uma redução em suas estimativas, com os analistas liderando as reduções no setor de Materiais, onde as expectativas de lucro foram reduzidas em 16,2%. Especialistas e profissionais do setor de Materiais, que inclui empresas de mineração, siderúrgicas, indústria química e de papel, como Dow e DuPont, foram os mais afetados.
Análise Setorial
O setor de Materiais é seguido pelo de Bens de Consumo Clássicos, para o qual os analistas reduziram as projeções de lucro em 8,8%. Peritos e especialistas do segmento, que reúne itens de alimentação, bebidas e produtos de limpeza, produzidos e distribuídos por companhias como Walmart e Procter & Gamble, também registraram uma redução significativa. No entanto, a queda nas estimativas para o ano de 2025 é menor, com os analistas reduzindo as estimativas de lucro por ação para o período em 1%, de US$ 274,12 para US$ 271,28. Durante os últimos cinco anos, houve um aumento médio na estimativa de 0,1%. Na previsão anual, dez setores testemunharam uma redução em sua estimativa, liderados novamente pelo setor de Materiais (-9,1%), que é um dos principais afetados pelo mercado sobre tarifas e consequentes efeitos.
Resultados e Perspectivas
A temporada de resultados está em andamento, e os analistas estão atentos às declarações das empresas. O setor Financeiro é o único setor que registrou um aumento em sua estimativa de lucro anual, com alta de 1,1% no período. Especialistas e profissionais do setor Financeiro, que é geralmente apontado como o principal beneficiário das políticas do presidente americano Donald Trump, a favor da desregulamentação do setor, estão otimistas com as perspectivas. No entanto, peritos e analistas estão vigilantes, pois o mercado sobre tarifas e consequentes efeitos pode influenciar os resultados das empresas. Além disso, o levantamento da consultoria FactSet destaca a importância de monitorar o setor de Materiais, que é um dos principais afetados pelo mercado e pode registrar consequentes efeitos na economia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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