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Secretário Senappen afirma que aumento do crime é indesejado, mas indica maior monitoramento de facções em locais de atuação pelo poder público.
Uma nova pesquisa do Ministério da Justiça sobre a criminalidade revela um crescimento no número de grupos criminosos que operam dentro das prisões. O relatório, que será divulgado em breve, identifica um total de 72 facções, em 2024. Em comparação com o ano anterior, houve um aumento de quatro organizações, totalizando 68 em 2023.
Além disso, o estudo destaca a preocupação com a influência desses criminosos no sistema carcerário. A análise aponta para a necessidade de medidas mais eficazes para combater a atuação desses grupos e garantir a segurança tanto dentro quanto fora das prisões. É fundamental uma abordagem estratégica e integrada para lidar com a complexidade desse cenário e proteger a sociedade como um todo.
Facções Locais e sua Atuação no Crime Organizado
Cresceu consideravelmente a formação de organizações locais que atuam em parceria com os grupos criminosos de maior destaque a nível nacional, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). As facções locais, apesar de possuírem autonomia e lógicas próprias de atuação, desempenham também funções assistenciais em suas comunidades.
O levantamento anual realizado pelo governo federal, que traz uma atualização dos dados sobre os nomes dos grupos e locais de atuação em todo o país, será apresentado pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na próxima semana.
Segundo o secretário André Garcia, em entrevista à CNN, todo aumento na presença dessas facções é indesejado quando se trata de organizações criminosas. Ele destaca que, embora essas organizações já existissem anteriormente, o crescimento reflete o aperfeiçoamento dos mecanismos de identificação desses grupos.
Garcia ressalta a importância das ações robustas de inteligência prisional desenvolvidas pelo governo para combater o crime organizado. Medidas como o rodízio de presos, mudanças estratégicas nas unidades prisionais e a interceptação de fontes de financiamento dos grupos são avaliadas no documento como formas de combate eficaz ao crime fora das prisões.
O secretário destaca ainda que, mesmo dentro do sistema carcerário, há criminosos que decidem fundar facções parceiras como uma forma de proteção. Essa dinâmica, segundo ele, resulta em novas informações que auxiliam na definição de políticas públicas para o enfrentamento do crime organizado no país.
Fonte: @ CNN Brasil
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