Valentina Simioni, 14 anos, está estável e agradece o carinho. Ela mora no Complexo da Maré, zona norte do Rio, perto da Barra da Tijuca, Avenida Brasil e Linha Amarela.
Em um incidente trágico, a adolescente Valentina Betti Simioni, de 14 anos, foi atingida por uma bala na região da lombar após seu pai, Michel Simioni, entrar por engano no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. A situação se tornou ainda mais aterrorizante quando ele se deparou com criminosos armados.
Michel Simioni desabafou sobre os ‘momentos de terror’ que viveu ao se deparar com a realidade do local e o desespero ao descobrir que sua filha tinha sido baleada. Ele relembrou o disparo que atingiu Valentina e a bala que a deixou gravemente ferida. A vida deles mudou para sempre. Agora, a família busca justiça e apoio para superar essa tragédia.
Um Tiro que Mudou Tudo
Michel Simioni, pai de Valentina, de 14 anos, relembra o dia em que sua filha foi baleada em uma comunidade da zona norte do Rio. Eles estavam a caminho da Barra da Tijuca, após uma visita ao Consulado Americano, no centro do Rio, para emitirem o visto. A dupla seguia para a praia, mas o GPS os enviou para dentro da comunidade. ‘A gente veio, o dia estava feliz. A gente saiu de lá por volta de 9h da manhã, íamos para a praia. Eu acho, eu não sei o motivo, mas o GPS já recalcula a rota te enviando pra dentro daquela comunidade. E aí, às vezes você já está distraído e, quando vê, já está lá dentro’, explicou Michel.
No caminho, o pai, que dirigia uma Mercedes, errou o acesso da Avenida Brasil para a Linha Amarela. Ao seguir as orientações do GPS, acabou indo para as avenidas Paris e Guilherme Maxwell, entradas para o Morro do Timbau. Segundo o homem, ele e a filha foram abordados por homens de fuzil em um HRV azul, na esquina com a Rua da Gratidão, ordenando que parassem. Michel, no entanto, acelerou, e os bandidos atiraram. Valentina levou um tiro na região da lombar.
Um Disparo que Mudou Tudo
‘Eles deram alguns tiros, uns seis ou oito tiros, e eu olhei para ela e falei: ‘Pegou em você?’. Ela disse: ‘Não, papai, não pegou’. E aí eu continuei acelerando. Já estava a uns 400, 500 metros da saída da favela para a avenida. Quando eu consegui sair, ela [Valentina] encostou e falou: ‘Papai, tomei um tiro, sim’. Aí, eu fiquei desesperado, comecei a acelerar’, recordou Simioni. Ele deu a entrevista em frente Hospital Getúlio Vargas, na Penha, para onde a adolescente foi levada. O pai acrescentou que Valentina deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) na manhã de hoje, já conversa e mexe no celular.
O projétil que atingiu Valentina foi um tiro que mudou tudo. A jovem agradeceu a todos que têm torcido por sua recuperação através de um vídeo gravado no hospital. ‘Oi, gente. Quero agradecer a todos que estão orando por mim e torcendo. Eu vou sair dessa, eu já estou muito melhor. Já, já, eu estou aí. Beijo’, disse a jovem. O hospital informou que a paciente está estável e que sua evolução vem sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar. A família da jovem também recebe apoio dos serviços de assistência social e de psicologia do hospital.
Fonte: @ Hugo Gloss
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