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Bolsa brasileira fecha em queda, apesar da alta de petroleiras e Vale, devido à pressão do exterior. Investidores estrangeiros influenciaram o resultado.
A maravilha da bolsa de valores é que em um dia você perde, mas no outro você pode ganhar. Foi o que ocorreu hoje com as empresas de petróleo. Encabeçadas pela Petrobras, essas ações subiram após o valor do barril de petróleo se elevar como resultado da diminuição de reservas nos Estados Unidos, o que indica uma redução na oferta. O mesmo não se aplica ao Ibovespa, que teve um dia instável no pregão.
No mercado de renda variável, é possível observar a volatilidade dos investimentos, com oscilações diárias que podem impactar significativamente os resultados. Por isso, é essencial estar atento às notícias e tendências para tomar decisões informadas durante o pregão.
Desempenho da Bolsa de Valores e o Mercado de Renda Variável
Ontem, a bolsa de valores caiu e hoje, mais uma vez, recua em meio às oscilações do mercado. No pregão anterior, foram justamente os papéis ligados às commodities que influenciaram a queda da bolsa. Mesmo com o suporte das empresas petrolíferas, a bolsa não conseguiu se recuperar. A carteira teórica sofreu impactos negativos devido a ações sensíveis às mudanças nas taxas de juros e ao sentimento pessimista vindo do exterior.
Os balanços desanimadores da Tesla e da Alphabet, gigantes no setor de tecnologia, afetaram o mercado como um todo, resultando em quedas nos índices americanos. Apesar das recentes turbulências, a bolsa ainda mantém um saldo positivo de 4,19% em julho, evidenciando certa resiliência em meio às adversidades.
O mês tem sido marcado pelo retorno dos investidores estrangeiros, com um influxo significativo de R$ 6,2 bilhões no mercado de renda variável até o dia 22 de julho. No entanto, no acumulado do ano, o déficit ainda se mantém em R$ 34 bilhões, representando uma diferença expressiva em relação aos investimentos de R$ 45 bilhões registrados no ano anterior.
O Ibovespa apresentou uma leve queda de 0,13%, atingindo os 126.423 pontos nesta quarta-feira. No entanto, no acumulado do ano, as perdas chegam a 5,78%. O volume de negociações alcançou a marca de R$ 14 bilhões, mantendo uma média de R$ 16,7 bilhões por pregão nos últimos 12 meses.
A desvalorização do minério de ferro impactou negativamente empresas dos setores de siderurgia e mineração, mas a Vale conseguiu se manter resiliente diante desse cenário. O otimismo em relação à divulgação do balanço do segundo trimestre levou o papel da Vale a registrar ganhos, indicando que agentes de mercado estão otimistas quanto aos resultados futuros.
A mineradora divulgou um relatório recente apontando um aumento na produção e vendas do metal, porém os investidores ainda demonstram cautela em relação ao papel, uma vez que sua performance está diretamente ligada ao preço do minério de ferro. Com a economia chinesa desacelerando e o preço da commodity em declínio, os investidores permanecem vigilantes.
No cenário nacional, os investidores mantêm uma postura cautelosa, preocupados com a capacidade do governo em cumprir o arcabouço fiscal estabelecido. Apesar do anúncio de um contingenciamento de U$ 15 bilhões, as incertezas persistem, levantando dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas.
A desvalorização do real frente ao dólar tem sido uma preocupação, com a moeda brasileira liderando as perdas em relação ao dólar entre as 33 divisas monitoradas. A valorização do dólar foi impulsionada pelo aumento dos rendimentos dos títulos públicos de longo prazo, refletindo as incertezas em torno da política monetária e do cenário político interno.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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