Incidência inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos, transmissão vertical
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou um relatório detalhado à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) sobre a redução significativa da transmissão do HIV de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical. Esse relatório destaca a importância da prevenção e do tratamento do HIV para garantir a saúde das mães e dos bebês. Em 2023, a taxa de transmissão vertical do HIV foi menor que 2%, um marco importante na luta contra a propagação do vírus.
A redução da transmissão do HIV é um passo crucial na prevenção da AIDS, uma condição que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Além disso, a prevenção de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) também é fundamental para controlar a disseminação do HIV. O vírus do HIV pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação, tornando a prevenção da transmissão vertical uma prioridade. É fundamental que as gestantes sejam testadas para HIV e recebam tratamento adequado para evitar a transmissão do vírus. A conscientização sobre a importância da prevenção do HIV e da AIDS é essencial para reduzir a incidência de ISTs e promover a saúde pública. Em 2023, a incidência de HIV em crianças foi inferior a 0,5 caso por mil nascidos vivos, um resultado que demonstra a eficácia das estratégias de prevenção e tratamento do HIV.
Conquista contra o HIV
A apresentação do relatório ocorreu no Rio de Janeiro, durante o XV Congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), XI Congresso Brasileiro de AIDS e VI Congresso Latino-Americano de IST/HIV/AIDS. Com esses resultados, o Brasil busca a certificação internacional de eliminação da transmissão vertical do HIV. O ministro destacou que o dossiê afirma claramente que o Brasil é o maior país do mundo a ter alcançado a eliminação da transmissão vertical do HIV, uma conquista importante contra o HIV. Essa realização também é fruto do trabalho incansável de profissionais da saúde, estados, municípios e da reconstrução do SUS, liderada hoje com firmeza pelo presidente Lula e pela ministra Nísia Trindade, que tem como objetivo principal combater o HIV.
O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Cristian Morales, reforçou a conquista dos resultados pelo país, que pode se juntar a outros 19 pelo mundo que eliminaram a transmissão vertical do HIV. ‘E o que é mais importante: tem milhares de mulheres agora que podem realizar o sonho de ser mães e poder trazer ao mundo crianças sem o perigo de viver com o HIV’, disse Morales, destacando a importância da eliminação da transmissão vertical do HIV. No entanto, ele também ressaltou a necessidade de manter o financiamento constante para manter esses resultados contra o HIV e outras IST.
Estratégias de Prevenção
Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade por AIDS no Brasil foi de 3,9 óbitos em 2023, a menor desde 2013, mostrando uma redução significativa nos casos de AIDS e HIV. Em 2023 e 2024, o país registrou mais de 95% de cobertura de pelo menos uma consulta pré-natal, testagem de HIV em gestantes e tratamento de gestantes vivendo com HIV e/ou AIDS, o que é uma grande conquista na luta contra o HIV e o vírus. Além disso, foram lembradas as estratégias de prevenção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que teve 184.619 usuários em 2025, e que é essencial para prevenir a infecção pelo HIV. Outro destaque é a expansão dos testes rápidos do tipo duo HIV e sífilis, em que gestantes têm prioridade, ajudando a controlar a disseminação do HIV e outras IST. Essas ações são fundamentais para manter a eliminação da transmissão vertical do HIV e combater o vírus.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo