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Bolsa sobe no segundo semestre com empresas de peso como Petrobras e Vale, apesar de projeções econômicas cautelosas e desvalorização do real.
O segundo semestre teve início e trouxe um cenário levemente otimista para o mercado financeiro brasileiro. Mesmo com perdas acumuladas de mais de 7% de janeiro a junho, o Ibovespa, o principal índice de ações do país, mostrou sinais de recuperação no último mês, registrando um aumento de 1,5%.
Os investidores estão atentos às movimentações do mercado de ações e acompanham de perto as variações do Ibovespa. A expectativa é que a recuperação do índice se mantenha e traga mais estabilidade para o cenário econômico nos próximos meses.
Boletim Focus: Projeções Econômicas e Expectativas Econômicas
O Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, revelou uma mudança significativa nas projeções econômicas, com previsões mais pessimistas para a inflação e o câmbio. Esse cenário tem gerado um ambiente de maior cautela no mercado de ações, refletindo diretamente no desempenho do Ibovespa.
No entanto, segundo o boletim, as expectativas econômicas não são totalmente desanimadoras. Com a divulgação do foco nas projeções, há uma perspectiva de que as empresas de peso ligadas à demanda externa possam impulsionar o índice de ações, contrabalançando a pressão negativa.
No segundo semestre que começou, as projeções do mercado indicam uma maior cautela por parte dos investidores, que estão atentos às projeções e expectativas econômicas. As empresas de peso ligadas à exportação, como Vale e Petrobras, têm desfrutado de um cenário favorável, impulsionando o Ibovespa para um saldo positivo.
Apesar das oscilações de outros papéis, como os do setor de varejo, que enfrentam desafios com a manutenção dos juros altos e a inflação em alta, o índice brasileiro conseguiu fechar com uma alta de 0,65%, atingindo os 124.718 pontos. No entanto, no acumulado do ano, registra-se uma queda de 7%.
O mercado de ações tem sido marcado por um volume fraco de negociações, com um giro de R$ 15,5 bilhões, abaixo da média dos últimos 12 meses. As projeções indicam que o mercado está aguardando com expectativa novos dados econômicos, especialmente os provenientes dos Estados Unidos.
As projeções para o mercado de trabalho nos EUA têm impacto direto nas expectativas econômicas globais. O aquecimento do setor de empregos pode influenciar as decisões de política monetária do Federal Reserve, que monitora de perto esse indicador.
Embora haja uma correlação entre a política de juros nos EUA e o mercado brasileiro, questões locais, como o risco fiscal e a desconfiança em relação aos cortes de gastos do governo, têm ganhado relevância. Isso tem contribuído para a fuga de dólares e o aumento das taxas de juros.
A valorização do dólar comercial e a alta das taxas do Tesouro Direto refletem a desconfiança no cenário fiscal e a saída de capitais estrangeiros. O mercado teme que a escalada do dólar possa impactar a inflação, levando a ajustes nas taxas de juros.
Neste contexto, o mercado tem se mostrado especialmente sensível às projeções de inflação e às mudanças no ciclo monetário. A incerteza em relação ao cenário econômico tem influenciado os contratos de curto prazo, com reflexos no mercado de ações e no índice Ibovespa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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