Operação militar contra grupo rebelde no Iêmen, 19 mortos.
O gabinete político dos Houthis descreveu os ataques dos Estados Unidos contra o grupo como um ‘crime de guerra‘ e disse que as forças armadas do Iêmen estão ‘totalmente preparadas para responder à escalada com escalada‘. Isso mostra a determinação dos Houthis em defender seu território e interesses. Além disso, a situação no Iêmen está se tornando cada vez mais tensa, com os Houthis se preparando para uma possível resposta aos ataques.
Os Houthis, como um grupo rebelde, têm sido alvo de ataques dos Estados Unidos, que visam enfraquecer a organização e restaurar a estabilidade no Iêmen. No entanto, os rebeldes têm demonstrado uma grande capacidade de resistência e adaptação, o que torna a situação ainda mais complexa. As organizações internacionais têm chamado a atenção para a necessidade de uma solução pacífica para o conflito, mas a escalada dos ataques pode levar a uma situação ainda mais perigosa. A situação é crítica e exige uma ação imediata para evitar mais violência e sofrimento para a população do Iêmen. Além disso, os Houthis continuam a ser uma força importante no conflito, e sua capacidade de resposta aos ataques é uma grande preocupação para as forças internacionais envolvidas.
Conflito no Iêmen
O ataque dos EUA contra os Houthis, um grupo rebelde aliado do Irã, começou no sábado (15), após o presidente Trump anunciar uma operação militar ‘decisiva e contundente’. De acordo com o Washington Post, navios de guerra e jatos dos EUA lançaram ataques em todo o Iêmen, mirando radares, locais de defesa aérea e pontos de lançamento de drones. Os Houthis são uma força significativa no Iêmen, com uma presença militar forte e uma rede de organizações que os apoiam. Vídeos publicados pelo governo dos EUA mostram um navio disparando mísseis e uma explosão em um prédio, além de caças decolando de um porta-aviões para o ataque. Pelo menos 19 pessoas morreram, de acordo com o Ministério da Saúde administrado pelos Houthis. Os rebeldes Houthis têm sido um desafio para as forças armadas dos EUA e de outros países na região.
Contexto do Conflito
Os ataques ocorreram poucos dias após os Houthis anunciarem planos de retomar os ataques a navios israelenses que passavam pelos mares Vermelho e Arábico, pelo Estreito de Bab al-Mandab e pelo Golfo de Áden, encerrando um período de relativa calma iniciado em janeiro com o cessar-fogo em Gaza. Os Houthis lançaram mais de 100 ataques contra navios a partir de novembro de 2023, dizendo que estavam em solidariedade aos palestinos pela guerra de Israel com o Hamas em Gaza. Durante esse período, o grupo rebelde afundou dois navios, apreendeu outro e matou pelo menos quatro marinheiros em uma ofensiva que interrompeu o transporte marítimo global, forçando as empresas a redirecionarem suas rotas para viagens mais longas e caras pelo sul da África. Em sua rede social, Trump disse que os Houthis ‘travaram uma campanha implacável de pirataria, violência e terrorismo contra a América e navios, aeronaves e drones americanos’. Os Houthis são uma ameaça significativa à estabilidade da região, e sua relação com o Irã é um fator importante no conflito.
Quem são os Houthis?
Os Houthis pertencem ao chamado ‘Eixo de Resistência’, uma rede de organizações simpáticas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas e o regime sírio deposto de Bashar al Assad. A organização surgiu em 1990 para combater o governo do então presidente Ali Abdullah Saleh. Liderados por Houssein al Houthi, os primeiros integrantes do grupo rebelde eram do norte do Iêmen e faziam parte de uma minoria muçulmana xiita do país, os zaiditas. Os Houthis ganharam força ao longo dos anos, principalmente após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Clamando frases como ‘Morte aos Estados Unidos’, ‘Morte a Israel’, ‘Maldição sobre os judeus’ e ‘Vitória ao Islã’, o grupo rebelde não demorou para se declarar parte do ‘eixo da resistência’ liderado pelo Irã. A condição de anonimato dos Houthis torna difícil para as forças armadas dos EUA e de outros países identificar e atacar seus líderes e pontos de lançamento de ataques.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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