Degradação aumenta em áreas rurais ou urbanas com crimes ambientais e desmatamento.
A cobertura da imprensa sobre crimes ambientais é um tema que tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente em relação à aplicação da Lei dos Crimes Ambientais. No entanto, um estudo recente revelou que a imprensa cobriu pouco mais de 1% das infrações ambientais em nove estados monitorados, o que é um número alarmante. Isso sugere que a conscientização sobre a importância de proteger o meio ambiente ainda é um desafio a ser superado.
Os crimes ambientais vão desde maus-tratos a animais até desmatamento irregular e poluição de nascentes, causando danos ao meio ambiente e contribuindo para a degradação ambiental. A situação no Pará, que vai sediar a COP 30, é particularmente preocupante, com altos índices de crimes ambientais. A operação da Polícia Federal em Nova Iguaçu para reprimir a extração clandestina de areia na região de Seropédica, na Baixada Fluminense, é um exemplo de como as autoridades estão trabalhando para combater esses crimes ambientais. É fundamental que haja uma maior conscientização sobre a importância de proteger o meio ambiente e é necessário que as autoridades tomem medidas mais eficazes para prevenir e punir os crimes ambientais. Além disso, a participação da sociedade civil é essencial para pressionar os governos a tomar medidas mais eficazes para proteger o meio ambiente.
Crimes Ambientais: Um Problema Crescente
Em um ano marcado pela realização da COP 30, um levantamento realizado pela Rede de Observatórios de Segurança em nove estados brasileiros revelou uma grande disparidade entre a quantidade de crimes ambientais registrados e a cobertura desses casos pela imprensa. Além disso, a falta de padronização dos dados coletados torna ainda mais difícil entender a magnitude do problema. Nas periferias urbanas e territórios de povos tradicionais, a situação é particularmente grave, com uma alta incidência de infrações ambientais, danos ao meio ambiente e degradação ambiental.
Foram identificados 41.203 crimes tipificados na Lei dos Crimes Ambientais, mas apenas 495 casos receberam cobertura na imprensa, o que representa pouco mais de 1% do total. Isso inclui casos como a exploração de areia e saibro por milícias no Rio de Janeiro, que são vendidos para o mercado irregular de construção civil, contribuindo para a expansão do crime organizado e a degradação ambiental. A poluição de nascentes e o desmatamento irregular também são problemas significativos nesses contextos, afetando diretamente a qualidade de vida das comunidades locais e a saúde do meio ambiente.
Desafios na Cobertura de Crimes Ambientais
A conclusão do relatório ‘Além da Floresta’, que cobre os anos de 2023 e 2024 com dados obtidos das secretarias estaduais de segurança via Lei de Acesso à Informação, destaca que a população de periferias urbanas e rurais tem a violação dos seus direitos pouco monitorada pelos órgãos públicos ou midiáticos. Isso se deve, em parte, à falta de estatísticas oficiais rigorosas sobre crimes ambientais, como destacou a cientista social Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios. A expansão do crime organizado de áreas urbanas para comunidades ribeirinhas e quilombolas também está ligada ao aumento dos crimes ambientais, incluindo a poluição de nascentes e o desmatamento irregular, que são infrações ambientais graves.
Pesquisadores observaram um crescimento de 127% nos crimes de incêndio em lavouras, pastagem, mata ou florestas no Pará, estado que, junto com o Maranhão, lidera os registros de exploração ilegal e concentra quase metade dos crimes ambientais noticiados. Em Belém, sede da COP 30, a urbanização desordenada atinge comunidades tradicionais, e espaços verdes são substituídos pelo asfalto, resultando em danos ao meio ambiente e degradação ambiental. A falta de veículos de imprensa nas regiões onde os crimes ambientais mais ocorrem, os chamados ‘desertos de notícias’, contribui para a falta de visibilidade desses problemas, que incluem infrações ambientais, danos ao meio ambiente e degradação ambiental.
Consequências e Desafios
Dados da sexta edição do Atlas da Notícia indicam que ao menos 13% da população brasileira ainda vive em cidades sem cobertura jornalística, concentradas majoritariamente nas regiões Norte e Nordeste. Os estados monitorados pela Rede de Observatórios são Amazônia, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Esses estados enfrentam desafios significativos em relação aos crimes ambientais, incluindo a necessidade de melhorar a padronização dos dados e a cobertura midiática, além de combater a expansão do crime organizado e proteger as comunidades mais vulneráveis, que são frequentemente afetadas por infrações ambientais, danos ao meio ambiente e degradação ambiental. A luta contra os crimes ambientais requer uma abordagem integrada, que inclua a prevenção do desmatamento irregular, a redução da poluição de nascentes e a promoção da justiça ambiental, para garantir um futuro mais sustentável para as gerações futuras.
Fonte: @ Terra
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