Cientistas brasileiros avaliam avanços em vacinação contra variantes em circulação.
O desenvolvimento de vacinas eficazes contra a covid-19 tem sido um desafio constante para a comunidade científica, que busca criar imunizantes capazes de proteger a população contra as novas variantes do vírus. A criação de vacinas que possam ser adaptadas rapidamente às mudanças no vírus é fundamental para controlar a pandemia. Além disso, a vacinologia tem avançado significativamente, permitindo que os cientistas desenvolvam estratégias inovadoras para aumentar a eficácia das vacinas.
A vacinologia moderna tem se concentrado em criar imunizantes que possam ser administrados de forma segura e eficaz, protegendo a população contra as variantes do vírus. A pesquisa sobre vacinas é contínua, e os cientistas estão trabalhando arduamente para desenvolver novas vacinas que possam ser utilizadas em conjunto com as existentes, aumentando a proteção contra a covid-19. É fundamental que a população esteja informada sobre a importância das vacinas e da vacinologia para controlar a pandemia. Além disso, a colaboração internacional é essencial para compartilhar conhecimentos e desenvolver vacinas eficazes contra a covid-19. A vacinação é uma das principais estratégias para controlar a pandemia, e as vacinas devem ser distribuídas de forma justa e equitativa para proteger a população mundial.
Desenvolvimento de Vacinas
A revisão coordenada por Sergio Costa Oliveira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e líder do grupo de pesquisa em vacinologia do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP), destacou a importância das vacinas no combate à doença. O primeiro autor do artigo, o pós-doutorando Fábio Mambelli, também colaborou com pesquisadores do Instituto Butantan. Segundo Oliveira, embora os imunizantes atuais tenham reduzido significativamente os casos graves da doença, a emergência constante de novas variantes impõe desafios que demandam soluções inovadoras. As vacinas que temos hoje ainda são eficazes contra as variantes em circulação, mas o vírus continuará evoluindo e se adaptando, disse Mambelli. Isso significa que precisaremos de vacinas cada vez mais robustas, capazes de induzir resposta imunológica mais duradoura e menos suscetíveis às mutações da proteína Spike [S], principal alvo das vacinas atuais. O trabalho contou com financiamento da FAPESP por meio de seis projetos, destacando a importância das vacinas no combate à doença.
Avanços em Vacinologia
O estudo destaca que, desde o início da pandemia, diversas vacinas foram desenvolvidas com rapidez, utilizando diferentes plataformas tecnológicas, como as vacinas de mRNA, que apresentaram as maiores taxas de proteção no início da pandemia. No entanto, a evolução do SARS-CoV-2 resultou no surgimento de variantes que conseguiram escapar, ao menos parcialmente, da imunidade induzida por esses imunizantes. A variante ômicron (B.1.1.529), identificada pela primeira vez em novembro de 2021, apresentou mais de 30 mutações na sequência da proteína Spike, favorecendo o escape imunológico. Essas mutações tornaram a cepa significativamente diferente da original de Wuhan, aumentando sua transmissibilidade e reduzindo a eficácia das vacinas baseadas na Spike. A dependência excessiva dessa proteína como alvo imunogênico pode ser um fator limitante na eficácia a longo prazo das formulações atuais, aponta o artigo. Estudos demonstraram uma redução significativa na neutralização por anticorpos induzidos por vacinas contra variantes da ômicron em comparação à cepa original. Isso levou a um aumento de infecções em indivíduos vacinados e à necessidade de reforços frequentes, destacando a importância da vacinação contra a doença.
Estratégias Futuras
Além disso, subvariantes como BA.2, BA.4, BA.5 e XBB continuaram a acumular mutações novas na Spike, reforçando a necessidade de adaptação constante das formulações. O estudo também destaca que a eficácia das vacinas varia entre as diferentes plataformas utilizadas. Vacinas de mRNA, como BNT162b2 (Pfizer-BioNTech) e mRNA-1273 (Moderna), apresentaram as maiores taxas de proteção no início da pandemia, com cerca de 95% e 94%, respectivamente. No entanto, todas as vacinas analisadas apresentaram redução significativa na resposta imunológica ao longo do tempo, com a necessidade de reforços frequentes. Isso destaca a importância da continuidade da pesquisa em vacinologia, com o objetivo de desenvolver vacinas mais eficazes e duradouras, capazes de proteger contra as variantes em circulação, e também de promover a vacinação contra a doença de forma eficaz. O grupo de pesquisa em vacinologia do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) está trabalhando para desenvolver novas estratégias futuras para o combate à doença, com o objetivo de proteger a população contra as variantes em circulação, e também de promover a vacinação contra a doença de forma eficaz, utilizando as vacinas e imunizantes disponíveis.
Fonte: @ Veja Abril
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