Tensões no Oriente Médio afastam investidores de ativos de maior risco, buscando refúgio em ativos seguros, afetando mercado de moedas emergentes e controle inflacionário, com impacto no fluxo de capital exterior e previsão para o IPCA.
O dólar começou a semana em um cenário de estabilidade, mas logo passou a subir ao longo da tarde, impulsionado pelo aumento das tensões no Oriente Médio, que estavam afastando os investidores globais de ativos de maior risco, como a moeda brasileira. Esse movimento de fuga de risco fez com que o dólar se tornasse uma opção mais segura para os investidores.
Com o aumento da demanda, a moeda americana subiu 0,55% e atingiu o valor de R$ 5,485 ao final dos negócios. A moeda estrangeira se tornou uma opção mais atraente para os investidores, que buscavam proteger seus ativos diante da incerteza global. A valorização do dólar também foi influenciada pela percepção de que a moeda brasileira poderia ser afetada negativamente pelas tensões no Oriente Médio. Além disso, a moeda americana é considerada uma opção de refúgio em momentos de incerteza global.
O Dólar e a Economia Global
A moeda americana está estável em relação às moedas pares, mas o mercado de moedas emergentes pode estar sofrendo um ajuste tardio após a divulgação das projeções sobre inflação do Boletim Focus do Banco Central. A expectativa dos economistas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,37% para 4,38% para 2024, enquanto a previsão para o ano que vem estabilizou em 3,97%.
O mercado agora espera um corte de 0,25 ponto percentual nos juros, em vez de 0,5 ponto percentual, na reunião de novembro do banco central americano, após a economia dos EUA mostrar força na sexta-feira (4), com o payroll acima do esperado. Isso pode afetar a taxa de juros e, consequentemente, o valor do dólar.
O Dólar e o Controle Inflacionário
A manutenção de juros altos no curto prazo pressiona o câmbio, pois investidores estrangeiros continuarão buscando retornos atrativos em renda fixa, pautando o fluxo de capital exterior. Além disso, o mercado também está colocando no preço da moeda temores de que o governo não vai cumprir as metas fiscais. ‘Fiscal depreciado significa real depreciado, pois aumenta os prêmios de risco’, afirma Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos.
O cenário reflete uma estratégia de controle inflacionário no curto prazo, o que deve manter os juros elevados para conter a demanda, apesar da manutenção do crescimento do país. A previsão para o IPCA em 2026 segue em 3,60%, o que pode influenciar a valorização do dólar em relação à moeda brasileira.
O Dólar e o Mercado de Moedas
O mercado de moedas emergentes pode estar sofrendo um ajuste tardio após a divulgação das projeções sobre inflação do Boletim Focus do Banco Central. A expectativa dos economistas para a inflação medida pelo IPCA subiu de 4,37% para 4,38% para 2024, enquanto a previsão para o ano que vem estabilizou em 3,97%. Isso pode afetar a valorização do dólar em relação às moedas emergentes.
Além disso, a manutenção de juros altos no curto prazo pressiona o câmbio, pois investidores estrangeiros continuarão buscando retornos atrativos em renda fixa, pautando o fluxo de capital exterior. O mercado também está colocando no preço da moeda temores de que o governo não vai cumprir as metas fiscais, o que pode influenciar a valorização do dólar em relação à moeda brasileira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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