Títulos privados de crédito incentivado distribuído apenas 32% com volume menor, abaixo da média de 59% ao longo do ano, com certificados corporativos de crédito de debetures de direitos creditórios do agronegócio.
As emissões de títulos de crédito no mercado privado enfrentam um cenário desafiador, com um declínio significativo em novembro. De acordo com o relatório do BTG Pactual, as emissões atingiram o menor volume desde janeiro, totalizando R$ 32 bilhões.
As emissões de títulos de credito privado, incluindo debêntures corporativas e crédito incentivado, mostram um quadro negativo. O estudo destaca que R$ 16 bilhões foram de debêntures corporativas, enquanto R$ 16 bilhões correspondem a crédito incentivado, abrangendo CRIs, CRAs e CDCAs. No contexto de títulos de credito, é importante destacar a importância de títulos privados como opção de investimento, mas o cenário atual sugere uma necessidade de ajustes em termos de emissões de credito. Ainda assim, a credito privada continua a ser uma fonte relevante de financiamento para empresas em todo o mercado.
Emissões Reduzidas, Títulos de Crédito Privado: 32% do Volume Distribuído
A nova safra de títulos de crédito privado, lançada na semana passada, atingiu um volume de emissões de R$ 44,5 bilhões, 35,7% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior. Além disso, apenas 32% do volume de emissões foi distribuído ao mercado, abaixo da média de 59% registrada ao longo do ano.
Acompanhando o mercado de emissões de crédito privado, apenas 24% do volume de emissões foram concentrados nas debêntures tradicionais, enquanto as debêntures incentivadas tiveram melhor absorção, com 59% do volume distribuído. Esse movimento nas emissões reflete a tendência de redução no volume de emissões observado em 2022, com 27% menos do que em 2021.
A análise da situação das debêntures incentivadas, que oferecem incentivos fiscais, aponta para um melhor desempenho do segmento. Com incentivos fiscais, essas debêntures incentivadas alcançaram um volume de emissões de R$ 24,8 bilhões, representando 55,7% do total. Já as debêntures tradicionais, sem incentivos, somaram R$ 9,3 bilhões, 20,9% do total.
O resgate de títulos de crédito privado foi outro tema relevante no mercado. De acordo com o relatório do banco, os resgates superaram os depósitos em R$ 5 bilhões em novembro e atingiram R$ 7 bilhões até o dia 16 de dezembro em uma amostra de 1.400 fundos com pelo menos 10% do patrimônio líquido alocados em crédito privado indexado ao CDI. Essas informações são importantes para entender a dinâmica do mercado e seus principais atores.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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