Adolescente de 14 anos, colega das vítimas em escola particular de Sorocaba. Fotos de colegas em biquínis, simulação de estudantes.
SOROCABA, SP (FOLHAPRESS) – Mães de alunas de uma instituição de ensino privada em Sorocaba, no interior de São Paulo, buscaram a Polícia Civil para denunciar a criação de nudes falsos com fotos das jovens utilizando inteligência artificial. Um jovem de 14 anos, colega das vítimas, é o principal suspeito. O incidente foi reportado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) em 13 de junho.
O uso da IA para criar conteúdo inapropriado é um alerta para a necessidade de conscientização sobre os limites éticos da inteligência sintética. A interseção entre computação e questões sociais requer uma abordagem cuidadosa para garantir o uso responsável da inteligência artificial.
Inteligência Artificial na Escola Particular de Sorocaba
De acordo com informações da Polícia Civil, os alunos da escola particular de Sorocaba realizaram uma viagem de acampamento para a cidade de Sapucaí-Mirim, em Minas Gerais. Durante a estadia, um dos adolescentes utilizou seu celular para capturar diversas fotos de suas colegas vestindo biquínis. Posteriormente, por meio de inteligência artificial, o jovem manipulou as imagens para simular que as estudantes estavam nuas.
A situação veio à tona quando o adolescente compartilhou uma série de imagens alteradas com seus colegas, que prontamente alertaram a direção da escola. O Colégio Uirapuru, ao tomar conhecimento do ocorrido, afirmou que as fotos das alunas foram modificadas através de um aplicativo de inteligência artificial. A instituição ressaltou que está acompanhando as investigações com a máxima sensibilidade, especialmente por envolver menores de idade, e conta com a confiança das famílias.
A escola enfatizou que sempre trabalha para conscientizar os alunos sobre o uso responsável das novas tecnologias, por meio de palestras e projetos internos. Essa abordagem faz parte da missão educacional da instituição, que visa formar cidadãos empáticos e responsáveis. A confiança depositada pelas famílias no colégio foi destacada e agradecida pela direção.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba como ato infracional semelhante ao uso de criança ou adolescente em cena de sexo explícito. Por envolver um menor de idade, o caso será encaminhado à Vara da Infância e Juventude, conforme orientação da pasta da segurança, para que o Ministério Público possa aplicar a medida socioeducativa apropriada. Até o momento, a Promotoria não recebeu o processo para análise.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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