Emmily Rodrigues morreu após queda do 6º andar de um prédio em 2023. O acusado alegou que ela estava em surto psicótico devido ao uso de drogas.
A morte da brasileira Emmily Rodrigues, que caiu do sexto andar de um prédio no bairro de Retiro, Buenos Aires, em março de 2023, continua a gerar controvérsia. A família da vítima insiste que houve feminicídio e não aceita a versão de acidente. Para esclarecer os fatos, eles contrataram uma nova perícia independente que reforça a tese de feminicídio.
O laudo da perícia independente aponta para a possibilidade de assassinato e violência contra mulheres, o que reforça a suspeita da família. A investigação sobre a morte de Emmily Rodrigues continua em andamento, e a família espera que a justiça seja feita. A luta contra o feminicídio é um tema importante na sociedade e casos como esse reforçam a necessidade de uma maior conscientização e ação para prevenir esses crimes. A violência contra as mulheres não pode ser tolerada.
O Caso de Emmily Rodrigues: Um Exemplo de Feminicídio
Emmily Rodrigues, uma brasileira de 26 anos, caiu do apartamento do empresário argentino Francisco Sáenz Valiente, que foi acusado de homicídio culposo e por facilitar o uso de drogas à vítima. No entanto, o criminalista Enrique Prueger, contratado pela família de Emmily, afirma que as lesões no corpo da brasileira são incompatíveis com uma queda acidental e sugere que ela foi jogada da janela do prédio. As lesões incluem ferimentos nas mãos e no pescoço, que indicam tentativa de defesa e agressão antes da queda.
Além disso, a perícia afirma que Emmily fez múltiplos pedidos de socorro em áudios capturados pelo serviço de emergência, contestando a tese de surto psicótico ou efeito do uso de drogas. A jovem foi encontrada nua. A brasileira chegou ao apartamento de Sáenz Valiente na madrugada, acompanhada por duas outras mulheres. Mais tarde, pela manhã, o empresário fez duas ligações para o serviço de emergência, relatando que Emmily estaria sofrendo o que descreveu como um ‘surto psicótico’.
A Perícia e o Feminicídio
O laudo pericial, assinado pelo criminalista Enrique Prueger e encaminhado à Justiça pela família da vítima, examina os áudios dessas ligações, além dos vídeos que registram a entrada de Emmily no edifício e as marcas de lesões. A conclusão apresentada pelo documento é a de que houve feminicídio. A análise foi divulgada inicialmente pelo jornal argentino Clarín e, em seguida, obtida pela Folha.
A perícia afirma que a vítima apresentou múltiplas lesões que são incompatíveis com a dinâmica da queda, como as das mãos e do pescoço; junto à análise dos áudios, isso demonstra que a vítima sofreu tortura, foi golpeada e que seu corpo tinha traumas relacionados com medidas tomadas para evitar que ela escapasse do lugar. Nas gravações das ligações para o serviço de emergência, a voz de Emmily pode ser ouvida ao fundo.
A Luta Contra a Violência Contra as Mulheres
O caso de Emmily Rodrigues é um exemplo trágico da violência contra as mulheres, que pode culminar no feminicídio. A luta contra essa violência é fundamental para proteger as mulheres e garantir que elas tenham direitos iguais e seguros. A aprovação da lei que aumenta a pena mínima para feminicídio para 20 anos é um passo importante nessa direção.
No entanto, é importante lembrar que a luta contra a violência contra as mulheres não pode ser feita apenas com leis e políticas públicas. É necessário também mudar a cultura e a mentalidade que permitem e justificam a violência contra as mulheres. É preciso que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas em todas as áreas da vida, e que sejam protegidas contra a violência e o assassinato.
Fonte: @ Nos
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