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A redução de espaços elevou em 16,73% os aluguéis; valor por m² ultrapassa R$ 33 no raio 30 da capital.
Impulsionados pelo comércio eletrônico e pelo varejo, os armazéns logísticos atingiram uma taxa de vacância de 9,6% em São Paulo no segundo trimestre deste ano – o menor patamar da série histórica da Colliers, iniciada em 2011 –, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16). Descubra a estratégia que faz a diferença na hora de investir. A queda da vacância foi acompanhada por um aumento no preço médio do aluguel, que subiu 2,8% ante o primeiro trimestre e 16,73% em relação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando a barreira dos R$ 29 por metro quadrado.
A demanda por depósitos logísticos tem impulsionado o mercado, refletindo em números positivos para o setor. Os armazéns estão se tornando cada vez mais estratégicos para as empresas que buscam otimizar suas operações. A valorização dos espaços logísticos está evidenciando a importância de investir nesse segmento em constante crescimento.
Expansão do Mercado de Armações e Logísticos
A CEO da Colliers no Brasil, Paula Casarini, destaca a baixa vacância nos armazéns e armaçados logísticos, atribuindo esse cenário ao intenso interesse dos inquilinos, especialmente do setor de e-commerce, por novos depósitos. Em áreas de maior importância, como no raio de 30 km de São Paulo, os aluguéis já ultrapassam os R$ 33 por m². A expectativa é de que essa taxa de desconto continue subindo nos próximos meses.
A Colliers, consultoria internacional especializada em imóveis e investimentos, listada na Nasdaq (CIGI), opera em 63 países, contando com 18 mil profissionais. Com uma receita anual de US$ 4,6 bilhões e mais de US$ 92 bilhões em ativos sob gestão, a empresa destaca a queda da vacância em São Paulo, resultado de uma absorção bruta de 708 mil m² e líquida de 381 mil m².
O e-commerce e o varejo foram os protagonistas das principais locações nos armazéns e armaçados logísticos, com destaque para Cajamar e Guarulhos, onde ocorreram as 4 maiores locações e 60% de todo inventário locado no estado no primeiro semestre. As devoluções concentraram-se em Guarulhos, Cajamar, Jundiaí e Campinas, com o setor de transporte e logística apresentando resultados negativos.
Para os próximos anos, a pesquisa aponta mais de 1,5 milhão de m² de condomínios logísticos em construção e mais de 6 milhões de m² em projeto em São Paulo. A região metropolitana, incluindo Guarulhos, Grande ABC e Embu, lidera os empreendimentos em construção, enquanto Campinas, Cajamar e Jundiaí estão à frente dos futuros projetos.
No cenário nacional, a Colliers revela que o mercado logístico voltou a superar 1 milhão de m² locados em um único trimestre, com as maiores locações ocorrendo em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O e-commerce se destaca mais uma vez, sendo responsável por 32% de todas as locações no país, seguido por varejo, transporte e logística.
A absorção bruta nacional atingiu 1.188.457 m², com 464.089 m² devolvidos, resultando em uma absorção líquida positiva de 724.368 m² em todo o país. Apesar do crescimento no inventário existente, que se aproximou dos 27 milhões de m², a taxa de vacância se manteve estável em 10%, refletindo o interesse contínuo dos inquilinos por esses ativos.
A CEO da Colliers ressalta que, mesmo com o forte volume de entregas nos últimos anos, o mercado permaneceu estável desde o terceiro trimestre de 2021, indicando a demanda por esses espaços. Na competição de preços, o valor médio pedido continuou em ascensão, atingindo R$ 27 por m², com os maiores valores de locação registrados em São Paulo, Amazonas, Distrito Federal e outros locais estratégicos.
Fonte: @ Info Money
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