Escravidão em 1856, bastidores da novela, política de inclusão no ambiente de trabalho
A decisão da Justiça do Trabalho que condenou a TV Globo a pagar R$ 500 mil à atriz Roberta Rodrigues por danos morais é um marco importante na luta contra o assédio no ambiente de trabalho. A atriz foi submetida a um ambiente de trabalho marcado por assédio moral e racismo institucional durante as gravações da novela ‘Nos Tempos do Imperador’, o que demonstra a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir e combater o assédio em todas as suas formas.
O caso de Roberta Rodrigues é um exemplo claro de como o assédio pode se manifestar de diferentes maneiras, incluindo perseguição, discriminação e abuso. A discriminação e o abuso podem ser particularmente difíceis de identificar e combater, pois muitas vezes são disfarçados de “brincadeiras” ou “comportamentos normais” no ambiente de trabalho. No entanto, é fundamental que as empresas e os órgãos de fiscalização tomem medidas para prevenir e combater o assédio, o abuso e a discriminação, garantindo um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos. É fundamental que as empresas tomem medidas concretas para prevenir o assédio e proteger os direitos dos trabalhadores. A luta contra o assédio é um desafio contínuo que exige a participação de todos. A prevenção é a melhor forma de combater o assédio.
Assédio no Ambiente de Trabalho
A decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, assinada pela juíza Aline Gomes Siqueira, trouxe à tona o caso de assédio sofrido pela atriz Roberta, que desenvolveu burnout e precisou se afastar das gravações da novela por três meses devido à situação nos bastidores da novela. A atriz relatou que os artistas negros do elenco recebiam tratamento desigual em comparação aos colegas brancos, o que teria contribuído para seu adoecimento, caracterizando uma clara prática de discriminação e abuso. A Globo negou qualquer prática discriminatória e ressaltou que a atriz continuou trabalhando em outros projetos da emissora após a novela, destacando sua política de inclusão. No entanto, o caso de assédio moral sofrido pela atriz não pode ser ignorado, e a empresa deve ser responsabilizada por não ter tomado medidas eficazes para prevenir a perseguição e o assédio no ambiente de trabalho.
A situação se agravou quando uma cena sugeriu que uma personagem branca teria sido vítima de ‘racismo reverso’, gerando forte repercussão negativa, e a própria autora, Thereza Falcão, reconheceu o erro e pediu desculpas. Além disso, um áudio divulgado na época mostrou que o diretor artístico da novela, Vinicius Coimbra, reuniu apenas os atores negros do elenco para discutir as críticas direcionadas à produção, e durante a conversa, ele fez um alerta sobre possíveis retaliações, o que pode ser caracterizado como uma forma de perseguição e assédio. Pouco depois, Coimbra foi demitido da Globo sob a acusação de assédio moral, e em entrevista posterior, ele admitiu falhas estruturais, mas afirmou que sempre buscou combater a segregação, destacando a importância de uma política de inclusão eficaz para prevenir a discriminação e o abuso no ambiente de trabalho.
Consequências do Assédio
A decisão da juíza estabeleceu o valor da indenização em R$ 500 mil, muito abaixo do valor reivindicado pela atriz, que era de R$ 10 milhões. Seus advogados, Carlos Nicodemos e Cinthia Carvalho, não comentaram a decisão, mas é claro que o caso de assédio sofrido pela atriz teve consequências graves para sua saúde e bem-estar, e a empresa deve ser responsabilizada por não ter tomado medidas eficazes para prevenir a perseguição e o assédio no ambiente de trabalho. A política de inclusão da empresa deve ser reavaliada para garantir que casos como esse não se repitam, e que os funcionários sejam protegidos contra a discriminação e o abuso. Além disso, é fundamental que as empresas tomem medidas para prevenir a perseguição e o assédio no ambiente de trabalho, garantindo um ambiente seguro e saudável para todos os funcionários, e que a política de inclusão seja eficaz em prevenir a discriminação e o abuso.
Fonte: @ Hugo Gloss
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