Casos de violação dos sistemas de segurança ocorreram em cidades dos EUA, envolvendo dispositivos de última geração, como alto-falantes para alertas e câmeras para movimentação.
Os hackers, conhecidos por suas ações mal-intencionadas, invadiram aspiradores-robô da marca chinesa Ecovacs, modelo Deebot X2s, e utilizaram esses dispositivos para fazer ofensas racistas e observar vítimas em diferentes cidades dos Estados Unidos. Essa é mais uma prova de que a segurança cibernética é fundamental para proteger nossos dispositivos.
Os invasores de sistemas, que são pessoas mal-intencionadas que buscam explorar vulnerabilidades em dispositivos conectados à internet, conseguiram tomar controle das câmeras dos aspiradores-robô e utilizá-las para fins nefastos. É importante lembrar que a segurança cibernética é uma responsabilidade compartilhada entre os fabricantes e os usuários. Os hackers, que são especialistas em encontrar vulnerabilidades em sistemas, devem ser combatidos com medidas de segurança robustas e atualizadas regularmente.
Os hackers e a violação dos sistemas de segurança
A empresa responsável pelo desenvolvimento de aspiradores-robô de última geração teria informado às vítimas de um ataque cibernético que não encontrou evidências de que as contas foram hackeadas por meio de qualquer violação dos sistemas de seus sistemas. No entanto, os modelos de aspiradores-robô de última geração costumam ter alto-falantes para fazer alertas para os usuários e câmeras para se movimentarem pelo ambiente, o que foi utilizado por pessoas mal-intencionadas para cometer o crime.
Uma das vítimas foi o advogado Daniel Swenson, de Minnesota, que relatou ter sido atacado em 24 de maio enquanto assistia TV com sua esposa e seu filho de 13 anos. Ele percebeu que o seu aspirador-robô estava emitindo sons estranhos, parecidos com os de interferência de rádio, e ao acessar o aplicativo que controla o aparelho, percebeu que uma pessoa desconhecida estava acessando as imagens da câmera e controlando à distância a movimentação do dispositivo.
Os hackers e a invasão dos sistemas
Inicialmente, Swenson achou que se tratava de uma falha técnica e apenas mudou a senha de acesso do aplicativo. No entanto, pouco depois, foi surpreendido por ofensas racistas emitidas pelo alto-falante do aparelho. ‘Parecia a voz de um adolescente’, disse Swenson à ABC. ‘Talvez eles estivessem entrando em diferentes dispositivos e mexendo com várias famílias’. O advogado contou que a situação poderia ter sido ainda pior se a invasão tivesse acontecido em outro momento, porque ele costumava deixar o aparelho no banheiro, onde hackers poderiam ter observado sua família no banho pela câmera.
Ele disse estar aliviado, porque se não tivesse percebido, os invasores poderiam continuar acessando imagens e áudios pelo aspirador. Depois do ataque, ele desligou o aparelho e o guardou na garagem de sua casa. Outros casos semelhantes foram relatados em datas próximas em El Paso e Los Angeles, onde, além das ofensas racistas, o aspirador robô perseguiu o cachorro de uma família.
A vulnerabilidade dos sistemas de segurança
Não está claro quantos dispositivos da empresa foram hackeados no total. Segundo a ABC News, o sistema criado para proteger a câmera desse modelo de aspirador-robô já era conhecido por apresentar falhas. O dispositivo também deveria emitir um som de notificação caso a câmera estivesse sendo monitorada, mas o alerta podia ser desativado remotamente. Os problemas de segurança, de acordo com o portal, podem explicar como os invasores assumiram o controle de vários robôs em locais separados e conseguiram vigiar silenciosamente suas vítimas depois de entrarem.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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