Entregadores sem seguro de vida e saúde, condições de vida precárias.
A insegurança alimentar é um problema que afeta milhões de pessoas no Brasil, especialmente aquelas que vivem em condições de pobreza e não têm acesso a alimentos nutritivos. A Ação da Cidadania, fundada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, realizou uma pesquisa sobre as condições de vida e o perfil de entregadores de comida por aplicativos no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde a insegurança alimentar é uma realidade enfrentada por muitos. Essa ocupação é uma das principais fontes de renda de quem vive nas grandes cidades, mas também é marcada por desafios e riscos.
Os entregadores de comida por aplicativos enfrentam restrições alimentares e fome em seu dia a dia, pois muitas vezes não têm acesso a alimentos saudáveis e nutritivos. Além disso, a insegurança alimentar é um problema que afeta não apenas os entregadores, mas também suas famílias e comunidades. A pesquisa da Ação da Cidadania mostrou que muitos entregadores têm que lidar com dificuldades para acessar alimentos básicos, como arroz, feijão e frutas. Em resposta a essas dificuldades, os entregadores realizaram uma manifestação em frente à sede do iFood, em Osasco (SP), durante o Breque Nacional 2025, para exigir melhores condições de trabalho e mais respeito por seus direitos. É hora de mudar e lutar por uma vida mais justa e segura para todos.
Introdução à Insegurança Alimentar
Uma pesquisa realizada pela Ação da Cidadania em São Paulo e no Rio de Janeiro revelou que três em cada dez trabalhadores que entregam comida vivem em insegurança alimentar. Além disso, 13,5% desses trabalhadores enfrentam restrições alimentares de moderadas a graves, um percentual maior que a média nacional, que é de 9,4%. Essas consequências são agravadas pela fome e por outras dificuldades relacionadas às despesas obrigatórias nas entregas por aplicativos. Quase todos os entrevistados pagam do próprio bolso a internet usada para trabalhar, o que aumenta a insegurança alimentar deles.
A pesquisa também mostrou que os índices são altos em relação à falta de seguro de vida (90%) e saúde (90%), o que aumenta a insegurança alimentar desses trabalhadores. Além disso, a manutenção de motos e bicicletas depende exclusivamente dos entregadores, que ainda têm despesas fixas com moradia e alimentação. Isso tudo contribui para a insegurança alimentar e a fome que esses trabalhadores enfrentam.
Análise das Condições de Vida
A pesquisa Entregas da Fome mostrou que pouco mais da metade dos trabalhadores entrega mais de nove horas todos os dias, o que é um fator que contribui para a insegurança alimentar. A ocupação principal de quase todos é o serviço de entregas por aplicativos e 72% não contribuem com a previdência, o que aumenta a insegurança alimentar e a fome. Além disso, 66,6% dos trabalhadores são chefes de família, o que significa que a insegurança alimentar afeta não apenas os trabalhadores, mas também suas famílias.
A pesquisa também mostrou que mais de 41% dos trabalhadores sofreram acidentes e 16% precisaram se afastar por esse motivo, o que aumenta a insegurança alimentar e a fome. Além disso, 93,9% dos trabalhadores são homens e 67% são negros, o que mostra que a insegurança alimentar afeta desproporcionalmente esses grupos. A idade média dos trabalhadores é de 18 a 29 anos, o que significa que a insegurança alimentar é um problema que afeta principalmente os jovens.
Perfil de Entregadores e Fontes de Renda
A pesquisa foi elaborada através de entrevistas presenciais realizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro em 2024, com 1.700 entregadoras e entregadores. Os resultados mostram que a insegurança alimentar é um problema grave que afeta muitos trabalhadores que entregam comida. Além disso, a fome e as restrições alimentares são problemas que afetam a saúde e o bem-estar desses trabalhadores. A pesquisa também mostrou que as condições de vida e o perfil de entregadores são fatores que contribuem para a insegurança alimentar e a fome. As fontes de renda e as despesas obrigatórias também são fatores que afetam a insegurança alimentar desses trabalhadores.
Fonte: @ Terra
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