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A ação ocorre após a Operação Inversão, iniciada em 2016, com medidas mais rigorosas contra crimes de trânsito e consultoria de funcionários.
A magistrada Maria Carolina Abel Ayoub, da 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo, sentenciou três delegados da Polícia Federal, um escrivão da corporação e mais dez indivíduos em uma alegada teia de propina e suborno para obstruir apurações da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) – setor da PF paulista -, de 2012 a 2015.
Na sentença, ficou comprovado que o esquema envolvia pagamento ilegítimo e vantagem indevida para dificultar as investigações, prejudicando a atuação da Deleprev. A prática do ilícita comprometeu a integridade das atividades policiais e resultou em graves consequências para a instituição.
Escândalo de Propina Revelado na Operação Inversão
A sentença recente relacionada à Operação Inversão, iniciada em 2016, trouxe à tona um esquema de corrupção e formação de organização criminosa que resultou em condenações severas. Os delegados Rodrigo Cláudio Gouvêa Leão, Carlos Bastos Valbão e Arnoldo Mozar Costa de Almeida foram sentenciados a penas que variam de nove anos e quatro meses a 12 anos, dois meses e 10 dias de prisão. Eles foram considerados culpados por terem recebido propinas substanciais, totalizando até R$ 500 mil, para obstruir a Operação Trânsito, que investigava irregularidades em perícias médicas do INSS em São Paulo.
Funcionários Públicos Envolvidos em Esquema de Suborno
Além dos delegados, o escrivão Maurício Rodrigues Serrano também foi condenado a oito anos e dez meses de reclusão, com a perda de sua função pública. A sentença, proferida em primeira instância, permite que todos os condenados recorram. O Ministério Público Federal destacou que Marivaldo dos Bispo dos Reis, proprietário de uma consultoria previdenciária, foi um dos principais beneficiados pelo esquema ilícito de suborno. Ele teria sido pressionado a fazer pagamentos para evitar medidas mais duras durante as investigações.
Propina e Corrupção: Práticas Ilegais no Centro das Acusações
Segundo a acusação, Marivaldo dos Bispo dos Reis desembolsou pelo menos R$ 500 mil aos delegados até 2015, em troca de favores que o protegeriam de ações judiciais. O esquema de propina teria garantido a Marivaldo a isenção de escutas telefônicas, interrogatórios e até mesmo ordens de prisão. Outros quatro indivíduos também foram condenados por terem pago propinas que variavam de R$ 10 mil a R$ 22 mil aos delegados, visando evitar ações legais.
Condenações e Penas Imputadas aos Envolvidos
A denúncia do MPF revelou que os pagamentos de propina eram intermediados por terceiros, que negociavam as transações e entregavam o dinheiro aos delegados. A lista de condenados inclui nomes como Carlos Bastos Valbão, Rodrigo Cláudio Gouvêa Leão, Arnoldo Mozar Costa de Almeida, Maurício Rodrigues Serrano, Dorival Donizete Corres, José Carlos da Rocha, Manoel Carlos da Silva, Moisés Dias Morgado, Maria Lúcia Ribeiro, Evando Avelino, Miguel Minarro Pinar, Cláudio Ademir Mariano, Kleber Mejorado Gonzaga e Rodolfo Catarino da Silva. Todos enfrentam penas que variam de seis anos e seis meses a 12 anos e dez dias de prisão.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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