Fortalecer sistemas de saúde para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de gestantes e recém-nascidos expostos à Doença de Chagas, parte da Iniciativa Nenhum Bebê, apoiada pelo Conselho Intergovernamental da Organização Mundial, alinhada à Agenda 2030.
A Saúde é um direito fundamental de todos os cidadãos, e é por isso que o Ministério da Saúde tem trabalhado incansavelmente para erradicar doenças que afetam a população brasileira. A doença de Chagas é uma dessas prioridades, e recentemente, representantes do Ministério da Saúde participaram da 5ª reunião do Conselho Intergovernamental da Iniciativa ‘Nenhum Bebê com Chagas’, em Madri, Espanha, nessa quarta e quinta-feira (9 e 10).
A reunião foi um importante passo em direção à eliminação da doença de Chagas até 2030, um objetivo que é compartilhado pela Organização Pan-Americana da Saúde e pela Secretaria de Vigilância em Saúde. O Ministério da Saúde tem intensificado ações em todo o Brasil, com projetos em diversos estados e no Distrito Federal, visando garantir que a Saúde seja uma realidade para todos. A prevenção é a chave para o sucesso. Além disso, a colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde e outras entidades internacionais é fundamental para o avanço dessas ações.
Fortalecendo a Saúde: Iniciativa para Erradicar a Doença de Chagas
A Iniciativa Nenhum Bebê, originada na XXVII Reunião Ibero-americana de 2020, tem como objetivo erradicar a transmissão materno-infantil da doença de Chagas, alinhada à Agenda 2030 da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa iniciativa reúne países como Argentina, Brasil, Guatemala, Paraguai, El Salvador, Honduras, Colômbia e Espanha, além de organizações como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Mundo Sano.
O foco é fortalecer os sistemas de Saúde para garantir o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de gestantes e recém-nascidos expostos à doença. ‘Essa reunião representa um passo fundamental na coordenação de esforços entre países para eliminar a transmissão da doença de Chagas. Precisamos intensificar as ações de prevenção e tratamento, especialmente para as populações mais vulneráveis’, ressaltou a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis (Dedt) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Alda Maria da Cruz.
A doença de Chagas, uma enfermidade negligenciada, afeta entre 6 e 8 milhões de pessoas nas Américas, com aproximadamente 30 mil novos casos e 14 mil mortes por ano. A transmissão congênita ocorre principalmente durante a gravidez, afetando um número significativo de mulheres latino-americanas, com prevalências que podem chegar a 27,7% em algumas regiões.
Ações para 2025: Fortalecendo a Saúde em Manaus
Em 2024, o Ministério da Saúde visitou unidades de saúde em Manaus, município onde as ações de triagem de mulheres em idade fértil e gestantes está em andamento, com o foco central na região metropolitana e rural. As unidades incluem: a Unidade de Saúde da Família Rural São Pedro e a Unidade de Saúde da Família Parque das Tribos, onde se estima o atendimento de mais de 150 mulheres; além da Maternidade Azilda da Silva Marreiro, que já processou mais de 2 mil amostras e identificou 13 casos positivos de Chagas, todos acompanhados pelo sistema de saúde estadual.
Além disso, com as ações de triagem, cerca de 30 profissionais foram capacitados para notificação da doença. O plano operativo para 2025 prevê a participação da comunidade, o fortalecimento do conhecimento sobre a doença nas escolas e a implementação de estratégias de hemovigilância. ‘É essencial garantir a continuidade das ações após o término da iniciativa e sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico e tratamento. A inclusão de grupos vulneráveis, como ribeirinhos e povos indígenas, é uma prioridade’, concluiu Alda Maria da Cruz.
O Conselho Intergovernamental da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) também está envolvido na iniciativa, trabalhando em estreita colaboração com o Ministério da Saúde e outras organizações para garantir a implementação eficaz das ações de prevenção e tratamento da doença de Chagas.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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