Proibições em oito estados americanos abordam saúde mental em sala de aula.
A discussão sobre a proibição de celulares em escolas tem ganhado força nos últimos tempos, com defensores de ambos os lados do espectro político, como a governadora do Arkansas, Sarah Huckabee Sanders, e o governador da Califórnia, Gavin Newsom, defendendo a medida. A ideia é que os celulares podem ser uma distração para os alunos e afetar negativamente o desempenho acadêmico. Além disso, a segurança é outro fator importante a ser considerado, pois os celulares podem ser usados para bullying e outras formas de assédio.
Os telefones e outros dispositivos móveis têm se tornado uma parte integral da vida diária, mas em ambientes escolares, eles podem ser uma fonte de distração. Alguns argumentam que os aparelhos devem ser permitidos em certas situações, como em aulas de tecnologia ou para fins educacionais, mas outros defendem que eles devem ser banidos completamente. A produtividade é um fator importante a ser considerado, e muitos acreditam que a proibição de celulares pode ajudar a melhorar o desempenho acadêmico. A concentração também é fundamental, e sem a distração dos celulares, os alunos podem se concentrar mais em suas aulas e atividades. Além disso, a responsabilidade é outro fator importante, pois os alunos precisam aprender a usar os celulares de forma responsável e a gerenciar seu tempo de forma eficaz.
Proibição de Celulares nas Escolas
Nos últimos dois anos, ao menos oito estados americanos promulgaram proibições ao uso de celulares nas escolas, e novas propostas estão sendo analisadas em vários outros estados este ano. Os esforços em prol da proibição de celulares têm sido impulsionados por preocupações sobre o impacto das telas na saúde mental das crianças, e reclamações de professores de que os celulares se tornaram uma distração constante na sala de aula, onde os telefones e aparelhos são cada vez mais comuns. O cirurgião geral dos EUA, Dr. Vivek Murthy, que pediu ao Congresso que exija rótulos de advertência nas redes sociais sobre seus efeitos na vida dos jovens, afirmou que as escolas precisam proporcionar momentos livres de celulares, permitindo que os alunos se concentrem em seus dispositivos de aprendizado.
Em nível nacional, 77% das escolas dos Estados Unidos afirmam proibir o uso de celulares para fins não acadêmicos, de acordo com o Centro Nacional de Estatísticas Educacionais. No entanto, esse número é enganoso, pois não significa que os alunos estejam seguindo as proibições, nem que todas essas escolas estejam de fato impondo a restrição. Kim Whitman, cofundadora do Movimento Escolas Sem Celular, disse que a questão está ganhando força porque pais e professores em estados democratas e republicanos estão lutando contra as consequências causadas pelo uso de celulares por crianças, que muitas vezes são viciados em seus aparelhos e dispositivos.
Estados que Promulgaram Proibições
Ao menos oito estados — Califórnia, Flórida, Indiana, Louisiana, Minnesota, Ohio, Carolina do Sul e Virgínia — promulgaram medidas que proíbem ou restringem o uso de celulares pelos alunos nas escolas. As políticas são variadas, com algumas proibindo completamente o uso de celulares durante o período letivo, enquanto outras incentivam os distritos escolares a promulgar tais restrições. A Flórida foi o primeiro estado a endurecer as regras sobre celulares nas escolas, aprovando uma lei em 2023 que exige que todas as escolas públicas proíbam o uso de celulares durante o período letivo e bloqueiem o acesso às redes sociais no Wi-Fi do distrito, onde os telefones e aparelhos são comuns.
Uma lei da Califórnia de 2024 exige que os quase 1.000 distritos escolares do estado criem suas próprias políticas sobre celulares até julho de 2026. Vários outros estados não baniram os celulares, mas incentivaram os distritos escolares a promulgar tais restrições, ou forneceram financiamento para armazenar os celulares durante o dia, permitindo que os alunos se concentrem em seus dispositivos de aprendizado. Sanders anunciou um programa piloto no ano passado, oferecendo subsídios para escolas que adotam políticas de restrições de celulares, e mais de 100 distritos escolares aderiram. Sanders disse que agora quer exigir que todos os distritos proíbam celulares durante o período escolar, mas a proposta deixará a elaboração da política a critério dos distritos, que devem considerar as consequências do uso de celulares e dispositivos na saúde mental dos alunos.
Impacto na Saúde Mental
Os professores sabem que os celulares são uma enorme distração, mas muito maior do que isso é o impacto na saúde mental de muitos de nossos alunos, que estão expostos a pressões constantes das redes sociais e do uso excessivo de telefones e aparelhos. A proibição de celulares nas escolas pode ser uma solução para esse problema, permitindo que os alunos se concentrem em seus estudos e sejam menos expostos às pressões negativas das redes sociais. Além disso, as políticas variadas adotadas pelos estados podem ser uma forma de abordar as consequências do uso de celulares e dispositivos na saúde mental dos alunos, que é uma questão importante em nível nacional, e que deve ser considerada pelo Centro Nacional de Estatísticas Educacionais.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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