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BNDES organiza evento paralelo do G20 sobre ações estratégicas para reconstruir a economia local do Rio Grande após calamidades climáticas.
O diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, ressaltou a importância de medidas estratégicas do governo para lidar com as consequências das mudanças climáticas. Ele destacou a necessidade de investimentos em projetos que contribuam para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.
Além disso, Mercadante enfatizou a urgência de ações concretas para enfrentar as alterações climáticas. Ele ressaltou a importância de parcerias entre setores público e privado para implementar soluções inovadoras que possam reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a adaptação às mudanças climáticas.
Mudanças Climáticas e Estratégias para Enfrentamento
A declaração enfatizando as alterações climáticas foi proferida nesta segunda-feira (22), na abertura do encontro States of the Future, que acontece entre 22 e 24 de julho na sede do BNDES, localizada no Rio de Janeiro. Como exemplo, Mercadante destacou a atuação do BNDES em situações de calamidades climáticas. O presidente do banco mencionou a intervenção da instituição na recuperação do Rio Grande do Sul, inicialmente com o auxílio aos produtores afetados pela seca no ano passado e agora, diante das enchentes que tiveram início no final de abril e persistiram em maio.
Estamos empenhados em um esforço considerável de mais US$ 4 milhões em financiamento para reconstruir a economia local, com uma demanda de crédito expressiva que estamos trabalhando para atender de maneira eficaz e ágil. O Estado precisa estabelecer políticas para lidar com a urgência, a emergência climática, a reconstrução e os meios de resiliência e adaptação. Mercadante ressaltou também a necessidade de conscientizar o mercado financeiro global sobre os riscos da falta de enfrentamento da gravidade das mudanças climáticas.
Existe uma carência de recursos globais para enfrentar a calamidade climática, estimada entre US$ 4 trilhões e US$ 7 trilhões. Este é o desafio que temos em relação aos ODSs [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] e ao combate a essa imensa questão. É esperado que a reunião do G20, juntamente com essa aliança global de combate à fome e à taxação dos super-ricos, impulsione essa agenda ambiental de forma mais ousada.
O evento paralelo do G20, um fórum internacional que reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, o States of the Future, foi concebido com o intuito de agregar uma coalizão diversificada de atores globais, incluindo governos, think-tanks, sociedade civil, academia, setor privado e organismos internacionais, para promover um diálogo multidisciplinar e multissetorial sobre a reimaginação das capacidades estatais diante dos desafios emergentes do século XXI.
Outros grandes desafios, de acordo com Mercadante, incluem a descarbonização da economia e o impulso à economia verde. O BNDES tem buscado alinhar suas ações com as metas Paris +10 da Cop 30. Estamos analisando com rigor o que contribui para a descarbonização e a redução das emissões, visando alcançar um balanço verde, que representa o futuro.
Ao mencionar a região amazônica, Mercadante informou que o BNDES está financiando operações de combate ao crime organizado. Estamos apoiando a Polícia Federal em operações de comando e controle para combater o narcotráfico e o crime organizado envolvidos no processo de degradação da região. Essas ações serão expandidas para todos os países da Amazônia.
Além disso, é crucial regular o mercado de carbono. Precisamos deixar de lado as disputas comerciais e pensar no planeta de forma mais abrangente, buscando iniciativas como as que temos tentado promover nos últimos anos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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