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Estratégias para simular atividade no trabalho incluem colocar objeto no teclado e falsas apresentações de PowerPoint.
Para quem realiza trabalho-em-casa, é comum enfrentar desafios inesperados, como o computador entrando em modo de suspensão até mesmo durante uma rápida ida ao banheiro. As plataformas de comunicação da empresa podem interpretar esse momento como ‘inatividade’, indicando que o colaborador não está trabalho-em-casa. No entanto, os profissionais têm desenvolvido estratégias para contornar essa situação e garantir sua produtividade, mesmo durante pequenas pausas.
Além disso, o trabalho-remoto tem se mostrado uma alternativa viável para muitas empresas, permitindo que os funcionários realizem suas atividades de forma flexível, seja em casa ou em outro local de sua escolha. Com o crescimento do trabalho-de-casa, é fundamental encontrar maneiras de manter a eficiência e a conexão com a equipe, mesmo diante dos desafios cotidianos. Adaptar-se a essa nova realidade requer criatividade e organização, mas os resultados podem ser surpreendentes.
Trabalho-Em-Casa: Estratégias e Armadilhas
Os truques para manter a aparência de atividade durante o trabalho-remoto vão desde deixar um objeto sobre o teclado do computador até adquirir aparelhos específicos que mantêm o mouse em movimento constante. O objetivo é simular produtividade, mesmo quando envolvidos em outras tarefas não relacionadas ao trabalho.
Empresas nos Estados Unidos estão adotando táticas para identificar essas artimanhas do teletrabalho e flagrar funcionários em regime de trabalho-de-casa que fingem estar ocupados. Recentemente, o banco Wells Fargo demitiu vários colaboradores por ‘simulação de atividades no teclado do computador’.
Algumas empresas têm investido em plataformas e softwares de vigilância, cuja demanda aumentou desde o início da pandemia. Essas ferramentas monitoram a produtividade dos funcionários, controlando o local de trabalho, a atividade do teclado e até mesmo a geolocalização.
Uma empresa de marketing na Flórida, por exemplo, teria implementado um programa que captura a tela a cada 10 minutos para supervisionar as ações dos trabalhadores, conforme relatado pela revista Harvard Business Review.
Para driblar a vigilância, surgem dicas como deixar um objeto pressionando uma tecla em um programa de escrita, preenchendo a página com caracteres repetidos para simular atividade. No entanto, o método mais popular é o uso de um aparelho que movimenta o mouse, disponível por 11 dólares.
Embora esses truques possam ser eficazes, o risco de ser descoberto é real. Relatos de demissões por uso de simuladores de movimento de mouse alertam para a importância de agir com cautela. Alguns sugerem o uso de objetos físicos para movimentar o mouse de forma discreta.
A cultura da produtividade tem levado profissionais de recursos humanos a considerar a proliferação da ‘encenação’ no ambiente de trabalho-remoto. É essencial encontrar um equilíbrio entre a eficiência e a transparência para garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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