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MPF no RJ pede à Justiça Federal extradição do ex-CEO das Americanas por fraude bilionária. Prisão preventiva solicitada para recuperação de ativos.
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro solicitou à Justiça Federal a decretação da extradição do ex-CEO do Grupo Americanas, Miguel Gutierrez, que reside em Madri, na Espanha. O pedido de extradição foi feito devido à investigação em andamento sobre a fraude bilionária na empresa varejista.
Em meio às investigações, o Diretor financeiro da empresa também está sob escrutínio por sua suposta participação no esquema fraudulento. O pedido de extradição do ex-CEO e a possível implicação do executivo demonstram a seriedade das acusações e a determinação das autoridades em responsabilizar os envolvidos.
Ministério Público Federal solicita Extradição do ex-CEO das Americanas que reside na Espanha
O pedido de extradição do ex-CEO das Americanas, Miguel Gomes Pereira Sarmiento Gutierrez, que atualmente vive na Espanha, foi protocolado pelo Ministério Público Federal na 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Os procuradores da República, José Maria de Castro Panoeiro e Paulo Sergio Ferreira Filho, assinaram a petição na última quarta-feira (10/7).
No documento apresentado, os procuradores solicitam a extradição com base na manutenção dos fundamentos que levaram à prisão preventiva de Gutierrez. A decisão final sobre a extradição caberia à Espanha, em respeito à soberania entre os dois países.
Caso a Justiça Federal decida pela extradição, o processo no Brasil será conduzido pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O MPF argumenta que a extradição é necessária para evitar a possibilidade de o acusado ser processado na Espanha, caso o pedido seja negado.
Em relação às fraudes ocorridas durante a gestão anterior da empresa, estima-se que os desvios sob a administração de Gutierrez cheguem a R$ 25 bilhões. O ex-CEO foi detido em Madri em 28 de junho e liberado após prestar depoimento no dia seguinte.
A defesa de Gutierrez enfatiza que ele não teve envolvimento nas fraudes e tem colaborado com as autoridades, mantendo-se à disposição para esclarecimentos. O ex-CEO está residindo em Madri desde 2023, mesmo local informado às autoridades brasileiras e espanholas.
Outro nome envolvido no caso é o da ex-diretora da Americanas, Anna Cristina Ramos Saicali, que teve que entregar seu passaporte ao retornar de Portugal. A diretoria atual da empresa alega ter sido vítima das fraudes cometidas pela gestão anterior, que teria manipulado os controles internos de forma fraudulenta.
Fonte: © Conjur
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