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Estudo avaliou impactos da discriminação racial na atividade cerebral de 90 mulheres negras, considerando experiências traumáticas.
A pesquisa revelou os efeitos do preconceito na saúde física. Um estudo divulgado no JAMA Network Open apontou que mulheres negras que foram vítimas de discriminação racial têm uma probabilidade maior de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e demência. O estudo científico investigou o impacto do racismo em diversas regiões do cérebro de 90 mulheres negras, com média de idade de 38 anos, evidenciando a relação entre a discriminação e problemas de saúde.
Além disso, a pesquisa ressaltou a importância de compreender como o racismo pode contribuir para o surgimento de demência e outras condições de saúde. A análise mostrou que a discriminação racial pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro e aumentar o risco de desenvolver doenças relacionadas a demência. Portanto, é fundamental combater a discriminação e promover a igualdade para garantir a saúde e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente da raça discriminada.
Demência: Impactos da Discriminação Racial no Envelhecimento Cerebral
Os dados coletados revelaram que a raça discriminada enfrenta uma atividade cerebral que acelera o processo de envelhecimento, desencadeando o surgimento de condições adversas. Aqueles que foram alvo de discriminação racial tendem a ter um envelhecimento biológico acelerado devido às experiências traumáticas vivenciadas. O acúmulo de experiências racistas pode influenciar negativamente o ritmo natural do envelhecimento, aumentando a vulnerabilidade a doenças associadas ao envelhecimento, como diabetes, doenças cardíacas, derrame e, principalmente, demência.
Negar Fani, coautor do estudo e professor de psiquiatria na Universidade Emory, ressaltou a ligação entre o envelhecimento acelerado e a exposição ao racismo. Segundo ele, as pessoas expostas a mais experiências racistas tendem a sofrer um envelhecimento prematuro, o que pode desencadear problemas de saúde, incluindo demência, em idades mais jovens.
Além disso, outras experiências traumáticas, como o estresse crônico, também podem desempenhar um papel significativo no aceleramento do envelhecimento cerebral. O neurologista Edson Issamu, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explicou que o estresse prolongado pode desencadear reações bioquímicas prejudiciais, levando as células a um esgotamento mais rápido e, consequentemente, à deterioração de suas funções.
Quanto aos fatores de risco para o desenvolvimento de demência, é importante destacar que pacientes obesos, sedentários, tabagistas, alcoólatras e usuários de drogas estão mais suscetíveis. Além disso, indivíduos submetidos a estresse crônico, transtornos do sono e uso excessivo de medicações psicotrópicas também estão em maior risco. O histórico familiar consistente também é um indicativo importante para o desenvolvimento da demência.
Diante dessas informações, é crucial compreender os impactos da discriminação racial e de outras experiências traumáticas no envelhecimento cerebral, bem como reconhecer os fatores de risco associados ao desenvolvimento da demência. A conscientização sobre essas questões é fundamental para promover a saúde mental e prevenir complicações relacionadas ao envelhecimento e às doenças neurodegenerativas.
Fonte: @ Minha Vida
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