Quantidade de cheques compensados caiu 96% desde 1995, quando Febraban passou a registrar. Pagamento em papel é instrumento de pagamento, com valor médio por tipo. Transações menores são mais comuns do que em comercios.
O cheque, um meio de pagamento tradicional, foi o principal meio de transação financeira em um passado distante, mas a inovação tecnológica o impulsionou para a obscuridade. A queda significativa no número de transações é um reflexo da evolução dos serviços financeiros.
A queda vertiginosa no número de cheques em circulação reflete a evolução dos serviços financeiros em direção a soluções mais eficientes. A introdução de novas tecnologias e serviços, como o giro de dinheiro e o bônus de compensação, substituiu a necessidade de utilizar cheques em muitas transações. Anos atrás, em 1995, os brasileiros compensavam 3,3 bilhões de cheques, mas em 2024, essa cifra desacelerou para 137,6 milhões, representando uma queda de 96% nas transações por meio de cheque.
Uso do cheque cai 14,2% em 2024
O dado sobre o uso do cheque em 2024 foi divulgado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), mostrando uma queda de 14,2% em relação ao ano anterior, quando o cheque somou R$ 523,2 bilhões, além do valor de R$ 26,5 bilhões movimentado pelo pix. A compensação é o processo que ‘valida’ o cheque, fazendo o débito do valor na conta corrente do emissor e o crédito na do recebedor, operação que poderia levar até uma semana, dependendo do valor e distância entre onde era emitido e onde seria creditado.
O levantamento da entidade, que tem como base a Compe, Serviço de Compensação de cheques, apontou também que o cheque é usado em transações de maior valor, o que significa que o valor médio do cheque é mais alto. No ano passado, o tíquete médio do cheque foi de R$ 3.800. Além disso, o uso do cheque é mais frequente em transações menores e do dia a dia, quando em outros instrumentos de pagamento como o pix, além de servir como opção de pagamento em localidades com problemas de internet.
Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil, de acordo com a Febraban. Entre os principais motivos pelos quais o cheque ainda sobrevive estão a resistência de alguns clientes com os meios digitais, o uso em comercios que não querem oferecer outros meios de pagamento, a utilização como caução para uma compra e como opção de pagamento em localidades com problemas de internet, além do uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento.
O Documento de Ordem de Crédito (DOC), outro tipo de instrumento de pagamento da velha guarda, deixou de existir no Brasil em fevereiro do ano passado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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