Taxa de importação de 34% nos EUA afeta margem de lucro da Apple
A Apple fechou a quinta-feira (3) com uma perda significativa de US$ 311 bilhões, segundo a Elos Ayta, o que representa uma queda expressiva no valor da Apple. Essa perda ocorreu após o anúncio do ‘tarifaço’ pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que teve um impacto direto no desempenho da Apple no mercado.
A empresa Apple viu seu valor cair para US$ 3,12 trilhões, o que é um resultado preocupante. A companhia Apple é uma das marcas mais valiosas do mundo e essa perda reflete a instabilidade do mercado. As ações da Apple na bolsa de Nova York terminaram o dia com uma queda acentuada de 9,25%, o que é um sinal de alerta para os investidores. A Apple precisa se recuperar dessa perda para manter sua posição no mercado, e é fundamental que a empresa encontre uma solução para minimizar os efeitos do ‘tarifaço’.
Impacto das Tarifas na Apple
A decisão de Trump de impor uma taxa de 34% para a importação de produtos chineses, anteriormente em 20%, deve afetar significativamente a Apple, que tem 90% dos iPhones fabricados na China. Isso pode aumentar os custos anuais da empresa em US$ 8,5 bilhões, de acordo com a empresa de investimentos Morgan Stanley. A Apple, como uma das principais companhias do setor de tecnologia, pode ver sua margem de lucro reduzida se decidir absorver esses novos custos, ou repassá-los aos consumidores, o que poderia aumentar o preço do iPhone 16 Pro Max nos EUA de US$ 1.599 para quase US$ 2.300.
A Apple, como uma marca líder no mercado, tem uma grande dependência da produção na China, o que a torna vulnerável a essas mudanças nas taxas de importação. No entanto, a empresa, como uma das principais empresas do setor, tem investido em diversificar sua produção, migrando parte de sua produção para o Vietnã e a Índia. Mas, com as novas taxas, esses países agora enfrentarão taxas de 46% e 26%, respectivamente, o que pode afetar a estratégia da Apple.
Consequências para a Apple e Outras Empresas
A Apple, como uma das principais companhias do setor de tecnologia, não é a única a ser afetada por essas mudanças nas taxas de importação. Outras big techs, como a Microsoft e a Alphabet, também foram afetadas, embora em menor proporção. A ações da Microsoft caíram 2,1%, enquanto as Alphabet, dona do Google, caíram 3,2%. As ações das fabricantes de computadores Dell e HP têm queda de 15% e 12%, respectivamente. A Samsung, que fabrica seus celulares na Coreia do Sul, pode ter uma vantagem com a tarifa de 25% para esse país.
A Apple, como uma marca líder no mercado, tem um faturamento anual de cerca de US$ 400 bilhões, segundo o New York Times. O iPhone, o iPad e o Apple Watch são os principais produtos que contribuem para esse faturamento. A empresa, como uma das principais empresas do setor, tem um valor da empresa que pode ser afetado por essas mudanças nas taxas de importação. A Apple disse em fevereiro que investirá mais de US$ 500 bilhões e criará 20 mil empregos nos EUA, após o chamado de Trump para empresas voltarem a produzir no país.
Relação com o Governo Trump
O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, foi um dos chefes de big techs e outras empresas do ramo que participaram em janeiro da posse de Donald Trump para seu segundo mandato como presidente dos EUA. Além dele, Sundar Pichai (Google), Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon), Elon Musk (Tesla, SpaceX e X), Shou Zi Chew (TikTok) e Sam Altman (OpenAI) também compareceram à cerimônia. A presença foi vista como uma tentativa de se aproximar do governo Trump. Todas as big techs fizeram doações para o fundo de posse do presidente americano. Após a posse, Tim Cook postou os parabéns a Trump em sua conta no X, dizendo que estava ansioso para trabalhar com a nova administração e continuar entregando inovação e vagas de emprego para o crescimento da ‘grande nação’. A Apple, como uma empresa líder, tem uma relação estreita com o governo Trump, o que pode ser importante para a sua estratégia de negócios.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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