Trump propõe taxa mínima baseada no déficit comercial e alíquota cobrada.
O presidente dos EUA, Donald Trump, detalhou nesta quarta-feira (2) quais serão as chamadas ‘tarifas recíprocas‘ que pretende aplicar a produtos importados a partir de abril, com o objetivo de equalizar as tarifas aplicadas aos produtos norte-americanos. Durante o anúncio, ele afirmou que cobraria dos países que taxam produtos norte-americanos ao menos metade da alíquota cobrada dos EUA, o que pode afetar significativamente as tarifas de importação.
Além disso, o presidente também mencionou que as tarifas seriam aplicadas em conjunto com outros impostos, taxas e tributos, visando proteger a economia norte-americana. Ele destacou que os países que aplicam tarifas altas aos produtos norte-americanos devem estar preparados para pagar impostos e taxas equivalentes, o que pode levar a uma guerra comercial. É importante notar que as tarifas podem ter um impacto significativo na economia global, e é fundamental que os países trabalhem juntos para encontrar soluções que beneficiem todos. Além disso, as tarifas também podem afetar a competitividade das empresas norte-americanas no mercado internacional, o que pode levar a consequências negativas para a economia do país.
Introdução às Tarifas
As recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aplicação de tarifas a produtos importados a partir de abril geraram grande interesse. Durante o anúncio, Trump afirmou que cobraria dos países que taxam produtos norte-americanos ao menos metade da alíquota cobrada dos EUA. No entanto, a fórmula divulgada pelo escritório do Representante Comercial dos EUA para calcular as tarifas não parece ter utilizado a alíquota cobrada pelos países e, sim, o déficit comercial dos EUA em relação a eles. Isso levanta questões sobre como as tarifas são calculadas e como elas afetam o comércio internacional, incluindo impostos, taxas e tributos.
Cálculo das Tarifas
O cálculo das tarifas também não foi utilizado para todos os países alvo das tarifas de Trump. O governo americano estabeleceu uma taxa mínima de 10% (aplicada para o Brasil, inclusive), mesmo para nações com as quais os EUA não têm déficit comercial. Os EUA, por exemplo, possuem um déficit comercial em relação à China de US$ 295,4 bilhões, já que importaram US$ 438,9 bilhões e exportaram para o país asiático apenas US$ 143,5 bilhões em 2024, segundo dados do US Census Bureau. Isso demonstra como as tarifas podem ser influenciadas por fatores como impostos, taxas e tributos, afetando o saldo financeiro de um país.
Entendendo o Cálculo
Assim, de acordo com o documento oficial do governo, as chamadas ‘tarifas recíprocas’ foram calculadas de forma a levar a zero os déficits comerciais bilaterais entre os EUA e cada um de seus parceiros comerciais. A fórmula pega o total de exportações de um país para os EUA (xi) e subtrai o total de importações (mi), chegando ao superávit comercial do país em relação aos EUA. No caso da China: 438,9 – 143,5 = 295,4. Em seguida, o número é dividido pelo número de importações (mi) novamente, chegando a um resultado de 0,67 no caso da China, ou 67%, o que Trump alega ser ‘a tarifa cobrada dos EUA, incluindo manipulação cambial e barreiras comerciais’, considerando impostos, taxas e tributos.
Definindo as Tarifas Recíprocas
Para definir a ‘tarifa recíproca’ que será cobrada pelos EUA, esse valor foi dividido pela metade (34%, para a China), um ‘desconto’ aplicado porque os americanos são ‘muito gentis’, segundo Trump. No denominador da conta, o ‘mi’ é multiplicado por duas variáveis: a elasticidade de preço da demanda de importação (ε) e o repasse das tarifas para os preços de importação (φ). No entanto, o governo definiu valores fixos para o cálculo das tarifas desta vez: 4 e 0,25, respectivamente, de modo que, considerando impostos, taxas e tributos, as tarifas sejam calculadas de forma a equilibrar o comércio internacional, afetando o saldo financeiro e o déficit comercial de cada país.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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