Polícia usou detector de metais como evidência no tribunal central.
A investigação sobre os crimes aparentemente isolados revelou uma rede de crime organizado internacional que envolvia o roubo de um vaso da dinastia Ming de um museu na Suíça, um tiroteio na casa de um comediante em Woodford, no leste de Londres, e o assalto a um apartamento de luxo em Kent, no sudeste da Inglaterra. A investigação foi realizada ao longo de seis anos e contou com a colaboração de várias forças policiais internacionais.
A análise detalhada dos eventos e a apuração das evidências coletadas permitiram que a polícia desvendasse a rede de crime organizado internacional. Além disso, o inquérito realizado também revelou que os crimes estavam interligados e faziam parte de uma operação mais ampla. A investigação foi fundamental para entender a complexidade dos crimes e para identificar os responsáveis. É importante notar que a colaboração internacional foi essencial para o sucesso da investigação. Além disso, a análise dos dados coletados também permitiu que a polícia identificasse padrões e tendências que ajudaram a desvendar a rede de crime organizado internacional. Em resumo, a investigação foi um exemplo de como a colaboração e a análise detalhada podem levar a resultados eficazes na luta contra o crime organizado.
Investigação Inicial
Uma descoberta crucial foi feita durante a investigação: um iPad, encontrado enterrado sob 2,5 centímetros de areia na margem do rio Tâmisa. Essa evidência foi fundamental para a investigação que levou à condenação de três pessoas no Tribunal Central Criminal, conhecido como Old Bailey, em Londres, pelo quase assassinato de um dos assaltantes à mão armada mais conhecidos do Reino Unido. A análise do iPad, que estava coberto de lama, revelou que ele havia ficado submerso por mais de cinco anos. A perícia conseguiu limpar o dispositivo e abrir o compartimento do chip, que ainda continha um cartão SIM da operadora Vodafone. A apuração dos dados das chamadas telefônicas que foram recuperados posteriormente forneceram evidências contundentes sobre três homens — Louis Ahearne, Stewart Ahearne e Daniel Kelly —, que também estavam envolvidos no assalto a um museu na Suíça um mês antes.
A investigação, liderada pelo detetive Matthew Webb, questionou como os suspeitos puderam cometer tais erros. ‘Eu questionei muito isso’, pondera Webb. ‘Será que foram erros ou eles estavam tão certos de que não seriam pegos?’ A inquérito revelou que os irmãos Ahearne e Kelly estavam envolvidos em uma série de crimes, incluindo o assalto a um museu na Suíça. A análise dos dados do iPad e a apuração das evidências coletadas durante a investigação foram fundamentais para a condenação dos suspeitos.
Plano de Assassinato
Os irmãos Ahearne e Kelly chamaram a atenção da polícia pela primeira vez depois que tiros romperam o silêncio de uma noite de fim de verão em uma área rica de Woodford em 11 de julho de 2019. Seis balas atravessaram o vidro do jardim de inverno de uma propriedade de luxo do comediante Russell Kane que havia sido alugada para Paul Allen. Uma delas cortou um dos dedos de Allen, a outra atravessou a garganta dele e ficou alojada na coluna, deixando-o com dificuldades para respirar e sangrando muito. A investigação revelou que o crime organizado estava por trás do atentado. A análise das evidências coletadas durante a investigação, incluindo a utilização de um detector de metais para encontrar o iPad, foi fundamental para a apuração dos fatos.
A inquérito também revelou que Allen ganhou notoriedade como um dos líderes do que continua sendo o maior assalto à mão armada do Reino Unido. Em 2006, Allen fazia parte de uma gangue que usava balaclava e portava armas, inclusive um fuzil de assalto AK-47, e que ameaçou matar funcionários do depósito da empresa de segurança Securitas em Tonbridge, em Kent. Eles roubaram 53 milhões de libras em dinheiro vivo do Bank of England, o banco central britânico — deixando para trás 154 milhões de libras que não cabiam no veículo. A investigação, que incluiu a análise de dados de celulares e a apuração de evidências, foi fundamental para a condenação dos suspeitos e para a revelação do plano de assassinato. A investigação também envolveu a análise de dados de cartão SIM e a utilização de um tribunal central para julgar os suspeitos.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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