Mats Granryd: operadoras financiam 85% da infraestrutura de internet móvel
O modelo de negócios das empresas de telecomunicações não é sustentável e precisa ser revisto, segundo o diretor geral da GSMA, Mats Granryd. A entidade, que representa 750 operadoras ao redor do mundo, busca promover práticas sustentáveis que permitam um futuro mais próspero para as empresas e a sociedade como um todo. A adoção de práticas sustentáveis é fundamental para garantir a longevidade das empresas e a preservação do meio ambiente.
Para que as empresas de telecomunicações sejam viáveis a longo prazo, é necessário que elas adotem práticas duradouras e perenes que permitam a preservação dos recursos naturais e a redução do impacto ambiental. Além disso, é fundamental que as empresas sejam mantidas com uma gestão eficiente e responsável, que permita a sustentabilidade econômica, social e ambiental. A sustentabilidade é um conceito que envolve a preservação do meio ambiente, a justiça social e a equidade econômica, e é fundamental para garantir um futuro próspero e sustentável para as gerações futuras. É preciso agir agora para garantir um futuro sustentável e próspero para todos. A responsabilidade é de todos.
Desafios para um Futuro Sustentável
O problema comum, segundo o diretor geral da GSMA, é que investimentos estão cada vez maiores na implementação de redes e novas tecnologias, como o 5G, mas o faturamento tem crescido muito pouco ou nada, o que exige uma revisão desse modelo de negócios. Claramente, isso não é sustentável, e algo precisa mudar para garantir um futuro viável e duradouro. Ou paramos de investir nas redes móveis, o que teria consequências terríveis para a sociedade, ou a receita deve começar a aumentar, tornando-se mais mantido e preservado ao longo do tempo, permitindo assim um crescimento perene.
O diretor geral da GSMA citou que as operadoras financiam o equivalente a 85% da infraestrutura de internet móvel, como torres, antenas, estações, entre outros, mas que as próprias teles não têm se beneficiado, o que não é um cenário sustentável. Nossas redes são a base das economias digitais, e com todo o crescimento do estilo de vida digital, alguém poderia pensar que nossa receita também cresceria, mas infelizmente, essa não é o caso, e obter retorno sobre esse investimento é um desafio que exige soluções viáveis e duradouras.
Buscando Soluções Sustentáveis
O jeito é procurar fontes alternativas de receita, como a adoção de serviços baseados no uso de inteligência artificial (IA) generativa, propôs o diretor geral da GSMA, o que poderia agregar até US$ 100 bilhões à indústria de telecomunicações por ano, segundo estudo da consultoria McKinsey feita a pedido do setor, tornando-se assim uma opção sustentável e mantida. Isso poderia ser alcançado por meio de um modelo de negócios que explore cada vez mais o uso de dados, que são o combustível que impulsiona a IA, e como indústria, temos muito disso, o que pode ser preservado e utilizado de forma perene.
Há bastante expectativa da GSMA para a potencial combinação da IA ao Open Gateway, movimento lançado pela associação há dois anos com o intuito de padronizar o acesso às redes e facilitar o desenvolvimento de novos aplicativos e funcionalidades nos celulares, o que pode ser uma solução sustentável e viável. De lá para cá, já existem 52 redes comerciais habilitando mais de 200 aplicações, como TIM, Vivo e Claro, por exemplo, que fazem parte do movimento e criaram ferramentas de segurança bancária, que já estão sendo comercializadas no Brasil, demonstrando um crescimento duradouro e mantido.
Espectro e Infraestrutura de Internet
Segundo a GSMA, o Open Gateway representa um mercado de quase US$ 300 bilhões a ser explorado mundo afora, o que pode ser uma oportunidade sustentável e perene. O diretor geral da GSMA também defendeu que os órgãos reguladores em cada um dos países facilitem o acesso das operadoras às faixas de frequência (o chamado espectro) por onde transitam os sinais de internet, que é o principal ativo das empresas e obtido mediante concessão dos governos, garantindo assim uma infraestrutura de internet sustentável e viável. Quando crescemos, precisamos de mais espectro, mais oxigênio, então, o planejamento é vital para um futuro sustentável e duradouro.
A cada geração de internet – 2G ao atual 5G – a largura necessária de espectro tem crescido, chegando a 100 MHz no 5G, o que exige um planejamento sustentável e mantido. Granryd disse que, nos próximos anos, a indústria de telecomunicações vai necessitar de 400 Mhz, o que precisa ser estudado desde já pelas agências reguladoras, garantindo assim um futuro perene e sustentável. O espaço ideal para isso está na faixa de 6 Ghz, que será alvo de licitação em algum momento do futuro, e para continuarmos investindo em nossas redes, precisamos de clareza total para os próximos cinco anos, tornando-se assim uma opção sustentável e viável.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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