Morador da periferia descobre importância ambiental da arte em oficina acoplada
O bairro do Caximba, localizado ao lado do Rio Barigui e na divisa com a cidade de Araucária, é conhecido por ter abrigado o lixão da capital paranaense, que atualmente está desativado. Nesse local, Cláudio Calvo desenvolve um trabalho importante, onde recicla materiais e os transforma em obras de arte, demonstrando a importância de reciclar e dar um novo destino aos materiais descartados. Isso não apenas ajuda a preservar o meio ambiente, mas também gera renda e promove a criatividade.
Além de reciclar, é fundamental reutilizar e reaproveitar os materiais que seriam descartados, transformando-os em algo novo e útil. Transformar o lixo em arte é uma forma de demonstrar que é possível criar algo de valor a partir do que seria descartado. Cláudio Calvo é um exemplo disso, pois consegue reciclar e transformar metais em peças incríveis, como o Polvo, que chamou a atenção na Bienal do Lixo, em São Paulo. É importante lembrar que a reciclagem é um processo contínuo e que todos podemos contribuir para reduzir o impacto ambiental. Juntos podemos fazer a diferença e criar um futuro mais sustentável, onde a reciclagem seja uma prática comum e valorizada. Vamos reciclar e transformar o mundo em um lugar melhor.
Introdução ao Mundo do Recicla
Na Bienal do Lixo, realizada recentemente em São Paulo, peixes e grandes animais marinhos, como um polvo de metal, se destacaram, fruto do trabalho do artista Cláudio Calvo, que veio da Ocupação 29 de Outubro, a maior do Paraná, localizada no Caximba, último bairro ao sul da capital paranaense, onde o recicla é uma forma de arte e sobrevivência. A Ocupação 29 de Outubro resiste onde funcionou o lixão da capital, desativado em 2009, quando a chegada de moradores se intensificou, e é composta por sete vilas que, segundo o último Censo do IBGE, tem 4.175 pessoas, onde o recicla é uma necessidade. Cláudio Calvo mora lá com esposa e uma filha, e há dez anos, ele largou o trabalho de soldador e passou a fazer impressionantes objetos reciclando metais em uma pequena oficina acoplada ao barracão onde mora, e que ainda está construindo, onde o recicla é uma paixão.
O Poder do Recicla
Sua presença na Bienal do Lixo é a primeira grande exposição do trabalho no circuito das artes, onde o recicla é uma forma de expressão, e foi também a primeira viagem de Cláudio Calvo a São Paulo, onde ele pôde mostrar seu talento em reutilizar e reaproveitar materiais, transformando-os em obras de arte. Cavalo marinho foi outro destaque da Bienal do Lixo, e peças de Cláudio Calvo foram feitas para o evento, mostrando a importância do recicla na criação de obras únicas. ‘Para mim foi muito bom, conheci um pessoal nota dez, a mente dá um estralo, você tem uma visão ampla do que é o mundo da arte’, disse Cláudio Calvo, que vendeu duas obras e recebeu apoio para continuar seu trabalho em recicla, reutilizar e reaproveitar materiais.
A Arte do Recicla
O material de trabalho é abundante, o artista ganha ou compra barato em um ferro velho do Caximba, e tem usada madeira e está introduzindo o plástico, mostrando a versatilidade do recicla. A trajetória de Cláudio Calvo não começou como um projeto artístico-ambiental, mas ‘com o tempo, você vai vendo que isso vira uma característica do trabalho, torna mais interessante do que a própria peça’, disse ele, destacando a importância do recicla na criação de obras de arte. A oficina do artista está mais para quartinho do que ateliê, e a produção é vendida na tradicional feira de artesanato do centro de Curitiba, realizada aos finais de semana, onde o recicla é uma atração, e as pessoas podem ver a transformação de materiais em obras de arte, reutilizando e reaproveitando.
O Recicla como Forma de Vida
É onde Cláudio vende e faz contatos, recebe encomendas e garante o sustento da família, mostrando que o recicla pode ser uma forma de vida, e não apenas uma atividade. Da feira suas peças foram para Suíça, Estados Unidos, chegaram ao programa de Luciano Huck, mostrando a importância do recicla na criação de obras de arte que podem ser apreciadas por pessoas de todo o mundo. Cláudio Calvo em sua oficina no Caximba, em Curitiba, de onde saem suas obras e o sustento da família, é um exemplo de como o recicla pode ser uma forma de vida, e como a reutilização e reaproveitamento de materiais podem ser transformados em obras de arte. Ele tem seus truques, ‘a feirinha tem essa linguagem de reuso, de sustentabilidade. Levo carrinho, locomotiva, arma, garruchinha de pirata, homem gosta de colocar na área de churrasco. Mulher gosta mais de peixe, robozinho carregando pote de flor. Eu faço para os dois’, disse ele, destacando a importância do recicla na criação de obras de arte que podem ser apreciadas por todos.
Fonte: @ Terra
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