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Os papéis estão em patamares atrativos para analistas de renda fixa. Boletim Focus da semana passada mostra isso.
Os títulos públicos do Tesouro Direto mantêm-se estáveis nesta sexta-feira, sem grandes variações em relação ao fechamento de ontem. Seguindo o desempenho da semana, destaca-se a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros em 10,5%. Durante os últimos dias, os investidores observaram um aumento significativo nos rendimentos dos títulos públicos, que, no entanto, apresentaram certa estabilidade no desfecho da semana.
Em um cenário de busca por investimentos de renda fixa, o Tesouro Direto se destaca como uma opção atraente para quem busca segurança e rentabilidade. Os títulos públicos oferecidos nessa modalidade têm atraído cada vez mais atenção dos investidores, especialmente diante das oscilações do mercado financeiro. Dessa forma, a possibilidade de investimento em Tesouro Direto se mostra como uma alternativa interessante para diversificar a carteira e garantir bons retornos a longo prazo.
Tesouro Direto: Oportunidades de Investimento em Títulos Públicos de Renda Fixa
No entanto, permanecem as incertezas locais relacionadas à política fiscal do governo e à sucessão de Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central. A queda no rendimento dos títulos americanos, após indicadores fracos na Europa, também tem impacto no cenário de estabilidade no Brasil.
Por volta das 12h30, os papéis indexados à inflação com vencimento em 2029 mantinham a mesma taxa paga ontem, de 6,31%. Entre os prefixados, o título com vencimento em 2031 oferecia 12,25% ao ano, um incremento de 0,01 ponto percentual em relação à sessão anterior.
Comprar ou aguardar? Na próxima semana, um novo Boletim Focus será divulgado na segunda-feira (24) pelo Banco Central, apresentando projeções para inflação, Selic, dólar e PIB. É importante ressaltar que as expectativas dos relatórios anteriores apontavam para alta nos três primeiros indicadores.
Ademais, na terça-feira (25), será disponibilizada a ata do Copom, que deve fornecer insights sobre a visão da autoridade monetária em relação às próximas reuniões que definirão a trajetória da taxa básica de juros. A prévia da inflação e os dados do mercado de trabalho no Brasil, bem como a inflação nos Estados Unidos, estão entre os pontos de interesse dos investidores.
Até o momento, os títulos públicos mantêm níveis considerados atrativos para os analistas de renda fixa. No caso dos atrelados à inflação, são recomendados como forma de proteção contra a elevação dos preços, sendo que a taxa acima de 6% é vista como uma oportunidade pelos especialistas que atuam no mercado.
Os prefixados de curto prazo também são indicados, embora com um nível de cautela um pouco maior. Para os investidores que já possuem Tesouro Direto na carteira, a estratégia de manter os investimentos até o vencimento é apontada como a melhor maneira de evitar perdas financeiras.
É importante ter em mente que as taxas e os preços dos títulos públicos possuem uma relação inversamente proporcional. Ou seja, tanto nos papéis prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor será o preço e vice-versa. Portanto, o aumento das taxas, embora represente uma boa notícia para novos investidores em busca de rentabilidade, pode resultar em uma queda temporária no valor de mercado dos títulos para quem já os possui em carteira.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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