Fazer mais do que o esperado não é ideal, estabelecer limites preserva bem-estar mental na rotina de trabalho.
O conceito de quiet quitting tem sido amplamente discutido nos últimos tempos, especialmente após um vídeo sobre o assunto ter viralizado nas redes sociais. A ideia por trás desse movimento é estabelecer limites no trabalho e não fazer mais do que está combinado no contrato, o que pode ser visto como uma forma de demissão silenciosa. Isso significa que os funcionários devem se concentrar em realizar apenas as tarefas que são necessárias para cumprir com suas responsabilidades, sem se esforçar excessivamente ou fazer mais do que o necessário.
A demissão silenciosa é um termo que tem sido usado para descrever a prática de quiet quitting, que envolve fazer o mínimo necessário para manter o emprego, sem se comprometer excessivamente com a empresa. Isso pode incluir fazer o mínimo para cumprir com as expectativas do empregador, sem se esforçar para ir além do que é necessário. A produtividade é importante, mas não deve ser alcançada às custas da saúde mental e física dos funcionários. O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é fundamental para manter a motivação e a satisfação no trabalho, e o quiet quitting pode ser uma forma de alcançar esse equilíbrio. Além disso, a comunicação é fundamental para evitar mal-entendidos e garantir que as expectativas sejam claras para todos os envolvidos.
Introdução ao Quiet Quitting
O conceito de quiet quitting não defende que a pessoa trabalhe pouco até ser demitida, mas sim prioriza o bem-estar mental no trabalho, evitando que o trabalhador se estresse por pressão para cumprir tarefas ou deixe a vida pessoal de lado em prol de horas extras. O quiet quitting é um movimento que vai na contramão do ideal de ‘fazer mais do que o esperado’, tão presente no cotidiano de muitas empresas e tão esperado pelos empregadores em relação aos seus funcionários. A proposta por trás do quiet quitting é estabelecer limites bem definidos entre vida profissional e pessoal, assim como o que será feito ou não na rotina de trabalho, evitando a demissão silenciosa e o fazer o mínimo.
O quiet quitting é eficaz para o bem-estar mental no trabalho, pois permite que os trabalhadores estabeleçam limites claros e priorizem sua saúde mental. Segundo a Gallup, empresa de pesquisa de opinião, pelo menos 50% da força de trabalho estadunidense já é um quiet quitter. Isso mostra que o movimento está ganhando força e se tornando uma tendência nos Estados Unidos.
Benefícios do Quiet Quitting
O quiet quitting é benéfico para a saúde mental, pois evita que os trabalhadores sejam submetidos a pressão excessiva e estresse. A psicóloga Cristiane Santos comenta que ‘o que não é saudável é esperar que as pessoas trabalhem além do esperado, porque isso pode desencadear em uma pressão velada, já que o funcionário vai se sentir na obrigação de fazer mais o tempo inteiro’. Além disso, o quiet quitting permite que os trabalhadores tenham uma maior organização do trabalho e relações mais equilibradas entre líder e empregado, evitando a demissão silenciosa e o fazer o mínimo.
A psicóloga explica que sempre foi e sempre será comum que algumas pessoas façam mais do que lhes é pedido no trabalho, por motivos como ambição, perfeccionismo ou, até mesmo, por prazer. No entanto, isso pode se tornar um problema quando a empresa passa a valorizar apenas esse tipo de funcionário e espera que todos os outros sejam assim. Nesse caso, a empresa pode se tornar vulnerável, porque ela vai depender da boa vontade dos funcionários, o que pode afetar a produtividade e a qualidade da empresa.
Consequências do Quiet Quitting
O quiet quitting pode ter consequências positivas para a saúde mental dos trabalhadores, pois evita que eles sejam submetidos a pressão excessiva e estresse. Além disso, o quiet quitting permite que os trabalhadores tenham uma maior organização do trabalho e relações mais equilibradas entre líder e empregado. No entanto, é importante lembrar que o quiet quitting não é sinônimo de demissão silenciosa ou fazer o mínimo, mas sim de estabelecer limites claros e priorizar a saúde mental.
A psicóloga Cristina comenta que ‘a ansiedade vai diminuir, haverá uma maior organização do trabalho e as relações entre líder e empregado vão entrando em um equilíbrio’ quando os trabalhadores adotam o quiet quitting. Além disso, o quiet quitting pode ajudar a prevenir a síndrome de burnout, que é uma doença que pode ser causada por estresse e pressão excessiva no trabalho. O quiet quitting é uma forma de estabelecer limites claros e priorizar a saúde mental, o que é fundamental para manter a saúde mental e evitar a demissão silenciosa e o fazer o mínimo.
Fonte: @ Minha Vida
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