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Forças israelenses intensificam ofensiva no enclave, causando problemas de saúde e falta de água para deslocados.
A Organização Mundial da Saúde destacou, hoje (21), a importância da saúde dos refugiados da Faixa de Gaza diante das condições climáticas extremas. O calor intenso na região pode impactar negativamente a saúde da população dislocada, aumentando os riscos de doenças relacionadas ao clima e à falta de condições adequadas de higiene.
Além disso, a OMS ressaltou a necessidade de garantir o bem-estar e a saúde física dos palestinos afetados, considerando as condições precárias em que se encontram. A prevenção de doenças e a promoção de um ambiente saudável são fundamentais para preservar a saúde dessas pessoas em meio às adversidades enfrentadas na região.
Saúde em Gaza: Crise se Aproxima devido à Falta de Água Potável
‘Teremos insetos, mosquitos e moscas, mas também desidratação, insolação, entre outros’, afirmou Richard Peeperkorn, representante da OMS para Gaza e Cisjordânia. O Programa Alimentar Mundial alertou que uma enorme crise de saúde pública se aproxima em Gaza devido à falta de água potável, alimentos e suprimentos médicos. Peeperkorn destaca que, devido às más condições de água e saneamento, o número de casos de diarreia é 25 vezes superior ao normal. A água contaminada e o saneamento precário estão ligados a doenças como cólera, diarreia, disenteria e hepatite A, segundo a OMS.
Mais de oito meses após o início da guerra em Gaza, o avanço de Israel concentra-se agora nas duas últimas áreas que as suas forças ainda não tinham atacado: Rafah, no extremo sul de Gaza, e a área que rodeia Deir al-Balah, no centro. ‘Toda a cidade de Rafah é uma área de operações militares israelenses’, disse Ahmed Al-Sofi, prefeito de Rafah. ‘A cidade vive uma catástrofe humanitária e as pessoas estão morrendo dentro das suas tendas por causa do bombardeamento israelense’, acrescentou. Sofi disse que não havia instalações médicas funcionando na cidade e que os moradores que seguem no local não tinham acesso a itens básicos, como comida e água.
Dados palestinos e da ONU mostram que menos de 100 mil pessoas podem ter permanecido no extremo oeste da cidade, que abrigava mais de metade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza antes do início do ataque israelense no início de maio. Os militares israelenses acusaram o Hamas de utilizar civis palestinianos como escudos humanos, uma alegação que o Hamas nega. ‘Os soldados localizaram dentro de uma residência civil grandes quantidades de armas escondidas em guarda-roupas, incluindo granadas, explosivos, um lançador e mísseis antitanque, munições e armas’, disseram os militares num comunicado na noite de quinta-feira.
O braço armado do Hamas disse que seus combatentes atingiram dois tanques israelenses com foguetes antitanque no campo de Shaboura, em Rafah, e mataram soldados que tentavam fugir pelos becos. Nas proximidades de Khan Younis, um ataque aéreo israelense nesta sexta-feira matou três pessoas, incluindo pai e filho, disseram médicos. A campanha terrestre e aérea de Israel foi desencadeada quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, segundo registros israelenses. A ofensiva deixou Gaza em ruínas, matou mais de 37.400 pessoas, segundo as autoridades de saúde palestinas, e deixou quase toda a população desabrigada e indigente.
Fonte: @ CNN Brasil
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