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Presidente do Senado pede legislação para IA no Brasil visando segurança cibernética e atualização contra invasões de hackers e apagões.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), abordou hoje o tema do apagão cibernético global que afetou sistemas operacionais de empresas e serviços em várias partes do mundo, incluindo companhias aéreas, bancos, hospitais e meios de comunicação, ressaltando a importância da Inteligência Artificial na prevenção de tais incidentes.
O avanço da IA tem sido fundamental para fortalecer a segurança cibernética e proteger as organizações contra ataques virtuais cada vez mais sofisticados. A atuação proativa da Inteligência Artificial na detecção de vulnerabilidades e na resposta rápida a possíveis ameaças é essencial para garantir a estabilidade e o funcionamento adequado dos sistemas em um mundo digitalmente interconectado.
Impacto da Inteligência Artificial na Segurança Cibernética
Uma falha na atualização de conteúdo relacionada ao sensor de segurança CrowdStrike Falcon, que serve para detectar possíveis invasões de hackers, e é utilizado por empresas como a Microsoft, proprietária do Windows – usado largamente em computadores – foi a causa da pane, que gerou caos em aeroportos da América do Norte e Europa. A falha na atualização do sensor de segurança foi um alerta para os desafios enfrentados na era da Inteligência Artificial (IA), onde a dependência de tecnologias avançadas pode resultar em consequências inesperadas.
O Brasil também foi atingido, com falhas em aplicativos bancários e sistemas de hospital, mas em muito menos escala do que em outros continentes. Cada incidente de falha nos sistemas de segurança destaca a importância de manter a integridade e a eficácia das medidas de proteção contra invasões cibernéticas. A necessidade de atualizações constantes e testes rigorosos para garantir a segurança dos dados e sistemas é crucial em um mundo onde as ameaças digitais estão em constante evolução.
‘Causa-nos apreensão os efeitos do apagão cibernético que atingiu operações de transporte, saúde e bancárias em regiões do planeta e no Brasil. Que os responsáveis atuem de maneira célere e transparente para o restabelecimento dos serviços e, principalmente, da segurança adequada aos usuários. A conectividade contribui para a amplitude de serviços essenciais do cotidiano. Mas quando há uma falha, a reação em cadeia é prejudicial a milhares de pessoas.’, afirmou Pacheco, em declaração oficial. A necessidade de uma abordagem proativa na prevenção de apagões cibernéticos é evidente, com a implementação de medidas de segurança robustas e planos de contingência eficazes.
Regulamentação da Inteligência Artificial e Segurança Cibernética
Autor do projeto que regulamenta a inteligência artificial no Brasil (PL 2.338/2023), Pacheco pediu que o país aprove uma legislação para o setor. A própria empresa CrowdStrike, empresa responsável pela falha nos sistemas Windows, utiliza inteligência artificial no aperfeiçoamento dos seus serviços de segurança cibernética. A interseção entre a IA e a segurança cibernética destaca a necessidade de uma abordagem holística na proteção dos sistemas digitais contra ameaças cada vez mais sofisticadas.
‘Esse ambiente nos alerta para os riscos da segurança cibernética, e nos lembra ser essencial a regulamentação da inteligência artificial, projeto de minha autoria, para que tenhamos um cenário mais claro, seguro e adequado em relação ao uso de ferramentas virtuais e seus efeitos práticos sobre a sociedade’, acrescentou. A implementação de políticas e diretrizes claras em relação ao desenvolvimento, uso e monitoramento da IA é fundamental para garantir a segurança e a confiabilidade dos sistemas digitais em um mundo cada vez mais interconectado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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