Empresas de petróleo, siderurgia e mineração sofrem em contexto de aversão ao risco e guerra comercial
A guerra comercial deflagrada após o tarifaço de Trump teve um impacto significativo nas empresas brasileiras, com a Petrobras sendo uma das mais afetadas. A Petrobras, como uma das principais empresas do setor energético no Brasil, saíram perdendo em termos de competitividade no mercado internacional devido às medidas protecionistas adotadas por Trump. Isso ocorreu porque as tarifas impostas pelos EUA afetaram diretamente a exportação de produtos brasileiros, incluindo os derivados de petróleo, que são uma parte importante da produção da Petrobras.
A Petrobras, como uma empresa estatal brasileira, tem um papel fundamental na economia do país, e sua performance é diretamente influenciada pelas políticas econômicas internacionais. A companhia estatal de petróleo e gás natural do Brasil, Petrobras, mais sentiu o baque da guerra comercial devido à sua dependência do mercado externo para a exportação de seus produtos. Além disso, a estatal brasileira também enfrentou desafios internos, como a necessidade de investir em tecnologia e infraestrutura para manter sua competitividade no mercado global. É importante notar que a Petrobras tem um papel estratégico na economia brasileira e deve ser protegida para garantir a segurança energética do país. Portanto, é fundamental que o governo brasileiro implemente políticas que apoiem a Petrobras e outras empresas estatais para que elas possam competir de forma justa no mercado internacional. Além disso, a Petrobras deve continuar a investir em tecnologias sustentáveis para reduzir sua dependência de fontes de energia fósseis e garantir um futuro mais sustentável para a empresa e para o país.
Impacto do Tarifaço na Petrobras
A empresa estatal Petrobras já registrou uma perda significativa de R$ 63,2 bilhões em valor de mercado desde o primeiro pregão após o anúncio de tarifaço de Trump, na quinta-feira passada (3), após o ‘dia da libertação‘, que ocorreu na última quarta-feira (2). No entanto, o anúncio de Trump veio após o fechamento do pregão do dia na bolsa brasileira, o que não impediu que a Petrobras, uma estatal brasileira, fosse afetada. A companhia estatal Petrobras é uma das maiores empresas do país e sua performance no mercado é sempre acompanhada de perto.
A mineradora Vale (VALE3) foi outra afetada e já encolheu R$ 5,4 bilhões, ficando em terceiro lugar entre as perdas de valor de mercado desde o tarifaço. Isso mostra que a guerra comercial está afetando não apenas a Petrobras, mas também outras empresas estatais e companhias estatais brasileiras. Enrico Cozzolino, sócio e chefe de análises da Levante Investimentos, comenta que, retirando os ativos que estão caindo motivados por fatores à parte, como IRB, os outros tombos são majoritariamente ligados à petróleo, siderurgia e mineração, setores em que a Petrobras é uma das principais empresas.
Análise do Cenário de Incerteza
A explicação para essa situação está no cenário de forte incerteza, que é agravado pela guerra comercial com a China. Cozzolino cita que o VIX, conhecido como índice do medo, se aproximou dos patamares de pandemia e da crise imobiliária dos EUA, quando aconteceu a quebra do Lehman Brothers, chamada de também de ‘subprime’. Isso mostra que o mercado está muito incerto e que a Petrobras, como uma empresa estatal, está sendo afetada por esse cenário. O analista avalia, porém, que antes mesmo do anúncio do tarifaço, essas empresas já sentiam os efeitos porque o mercado já se movimentava na expectativa para o anúncio. ‘A partir do início do mês já tinha um viés de cautela, de saída de posição de risco’, comenta ele, destacando a importância da Petrobras no mercado.
No entanto, a guerra comercial com a China dificulta a previsão de melhora ‘porque o nível que chegou das tarifas é uma não negociação’ com o país asiático, diz Cozzolino. ‘Por isso que a gente tem um VIX, uma cautela dos mercados de níveis de pandemia ou de subprime, porque é paralisação de negociação. Não é que você vai comprar um produto que chega o dobro do preço. Você não vai mais comprar. Não vai ter competição na maior parte dos produtos com uma tarifa de 145%’, comenta. De acordo com Cozzolino, o sentimento de pânico sobre o comércio global impacta diretamente a commodity, o que afeta a Petrobras, uma empresa estatal que atua no setor de petróleo. ‘É justamente nesse pânico de que, se não tem comércio, tem menor consumo de petróleo. Além disso, teve o anúncio da OPEP de maior produção, que também é por si só um evento bastante ruim para o preço do petróleo’, diz, destacando a importância da Petrobras no mercado de petróleo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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