Júlia Andrade Cathermol Pimenta envenenou Luiz Marcelo Ormond em Engenho Novo. O inquérito apresenta envolvimento no homicídio qualificado por meio insidioso.
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil encerrou nesta sexta-feira (12) a investigação sobre a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, 49, descoberto sem vida em seu apartamento no Engenho Novo, na região norte do Rio de Janeiro, em 20 de maio. No total, seis indivíduos foram citados no processo.
Ao abordar o caso, as autoridades esclareceram que o falecimento de Luiz Marcelo Ormond foi resultado de causas ainda desconhecidas. O desfecho do inquérito revelou detalhes intrigantes sobre o assassinato do empresário, lançando luz sobre um episódio trágico que chocou a comunidade local.
A trama macabra envolvendo a morte de Luiz Marcelo Ormond
Entre todas as pessoas envolvidas no caso, destaca-se a namorada da vítima, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, e Suyany Breschak, de 27 anos, que se apresenta como cigana e é considerada a mentora do falecimento. Ambas estão detidas sob suspeita de participação no crime. A advogada de Júlia não foi localizada para comentar o caso até o momento. Da mesma forma, a defesa de Suyany não prestou declarações à imprensa.
O homicídio qualificado por meio insidioso [dissimulado] foi o crime pelo qual a namorada foi indiciada. O delegado responsável pelo caso, Marcos André Buss, ressaltou que, apesar de a substância utilizada não ser tecnicamente um veneno, o medicamento [morfina], em doses elevadas, é fatal. O motivo torpe e a traição agravam ainda mais a situação.
Além disso, Júlia enfrentará acusações relacionadas à apropriação dos bens do empresário, venda de suas armas, estelionato, associação criminosa, fraude processual, falsidade ideológica e uso de documento falso. Suyany, por sua vez, foi indiciada pelos mesmos crimes, com exceção do uso de documento falso.
Leandro Jean Rodrigues Cantanhede e Victor Ernesto de Souza Chaffin também foram indiciados pela polícia, pelos delitos de receptação, venda de armmas, associação criminosa e fraude processual. Leandro, que era namorado de Suyany e amigo de Victor, teve um envolvimento com a cigana no passado. A investigação aponta que eles teriam recebido diversos bens da vítima, incluindo carro, armas, computadores, celular, relógios e joias.
Outros envolvidos no caso são Geovani Tavares Gonçalves e Michael Graça Soares, acusados de adquirir de Victor as armas do empresário, que foram vendidas com a numeração adulterada. As defesas de Leandro, Victor, Geovani e Michael não foram localizadas pela reportagem. Todos eles respondem ao processo em liberdade.
Luiz Marcelo Ormond, que mantinha um relacionamento com Júlia há cinco meses, foi encontrado sem vida no sofá de seu apartamento no Engenho Novo, em 20 de maio. Seu corpo já se encontrava em avançado estado de decomposição. A polícia suspeita que Júlia tenha convivido com o cadáver de Ormond por aproximadamente três dias no apartamento, enquanto realizava transações financeiras e aguardava a chegada de um cartão de crédito da conta conjunta que possuíam.
Durante esse período, ela teria tentado transferir a propriedade do carro do empresário para seu nome. As investigações apontam que Júlia teria envenenado Ormond com medicamentos, como morfina, dissolvidos em alimentos. Os exames do IML confirmaram a presença de morfina em seu sistema.
Em depoimento, Suyany alegou que Júlia lhe devia R$ 600 mil por serviços espirituais que ela teria prestado como mentora. Segundo Suyany, a dívida estava sendo quitada com pagamentos mensais de R$ 5.000. As duas mantinham uma relação há pelo menos 12 anos.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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