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Empresas fizeram transações com a Neoway, envolvida em escândalo, ligadas a beneficiários de programas sociais do Governo Federal e suspeitas de fraudes financeiras.
A Polícia Civil de São Paulo descobriu recentemente novas organizações, mencionadas como sendo de fachada, que mantiveram relações financeiras com a Neoway, empresa que está no foco das investigações de possíveis irregularidades nos pagamentos de comissões do contrato entre a plataforma de apostas VaideBet e o Corinthians.
Essas descobertas surgiram a partir de uma extensa investigação conduzida pela equipe especializada, que está empenhada em aprofundar a apuração dos detalhes desse complexo esquema. A busca por evidências adicionais continua, visando esclarecer completamente o papel de cada entidade envolvida nesse intricado caso.
Investigação sobre Relações Financeiras com Empresas Fria
O Corinthians está em meio a uma investigação que ganha cada vez mais destaque. A Carvalho Distribuidora, a ACJ Platform Comércios e Serviços e a Thabs Gestão e Serviços foram identificadas em um relatório do Coaf. Essa averiguação foi realizada pelos investigadores, que também expuseram uma mulher de São Bernardo do Campo.
O delegado Tiago Fernando Correia, da Delegacia de Investigações sobre Crimes de Lavagem, tomou medidas para apurar as relações financeiras com essas empresas. Ele solicitou o levantamento e a intimação de indivíduos que tenham realizado transações financeiras com as empresas em questão. Todos os envolvidos serão ouvidos na condição de testemunhas.
O relatório do Coaf aponta que a ACJ e a Thabs são consideradas ‘empresas frias’. Essas empresas foram criadas em 2023, possuem um capital social de pelo menos R$ 100 mil e são geridas por um único sócio, todos beneficiários de programas sociais do Governo Federal.
Essa situação guarda semelhanças com o caso da Neoway, que é apontada como uma empresa de fachada. A Neoway teria recebido parte da comissão pela intermediação do contrato de patrocínio entre a VaideBet e o Corinthians.
Outro ponto de investigação é a suposta fraude envolvendo a Rede Social Media Design. A polícia está apurando o desvio de parte da comissão recebida pela empresa. A Rede Social tem como sócio Alex Cassundé, que prestou serviços ao presidente do Corinthians, Augusto Melo, durante a campanha do ano passado.
Essas investigações levaram a VaideBet a rescindir o contrato com o Corinthians, alegando danos à sua imagem. O contrato, assinado em janeiro, previa o pagamento de R$ 370 milhões até o final de 2026.
A investigação também se estende a uma possível conversa em um aplicativo de mensagens, que está sendo analisada pela polícia. A busca por respostas e esclarecimentos continua nesse complexo emaranhado de relações financeiras, supostas fraudes e crimes de lavagem.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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