Presidentes do Congresso e do BNDES manifestaram pesar por divergências no debate econômico, ambos de grande inteligência para serem debatidos.
O Presidente Lula expressou seu pesar por pela partida do economista e ex-ministro Antônio Delfim Netto, aos 96 anos, em São Paulo. Em comunicado, Lula também prestou homenagem à economista Maria da Conceição Tavares, falecida em junho, destacando a perda de duas figuras importantes no cenário econômico do Brasil.
Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido popularmente como Lula, demonstrou seu respeito pela contribuição de Antônio Delfim Netto e Maria da Conceição Tavares para o debate econômico nacional. A passagem desses renomados profissionais deixa um vazio no cenário intelectual do país, conforme ressaltou o Presidente Lula em suas palavras.
Presidente Lula: Homenagem a Delfim Netto
Fica o legado do trabalho e pensamento de dois ícones econômicos, divergentes em suas ideias, mas ambos de grande inteligência e erudição, para serem debatidos pelas futuras gerações de economistas e homens públicos, manifestou o Presidente Lula. Nascido em São Paulo, em maio de 1928, Delfim Netto foi um renomado economista, professor e ocupou importantes cargos durante os governos do regime militar no Brasil, incluindo os de ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento. Ele foi um dos signatários do Ato Institucional número 5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968, um decreto considerado o mais rígido após o golpe militar de 1964, visando suspender direitos e garantias individuais.
Durante 30 anos, o Presidente Lula fez críticas a Delfim Netto, mas reconheceu publicamente seu papel como defensor das políticas de desenvolvimento e inclusão social implementadas nos primeiros mandatos. Delfim Netto contribuiu significativamente para a elaboração das políticas econômicas da época. O presidente destacou que quando o adversário político é inteligente, isso os desafia a serem mais competentes.
Delfim Netto também teve uma carreira política, sendo deputado federal na Constituinte de 1987 a 1991 pelo Partido Democrático Social, sucessor da Arena. Posteriormente, foi eleito cinco vezes deputado federal por São Paulo, permanecendo na Câmara até 2007. O presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco, expressou suas condolências à família e amigos do ex-deputado, ressaltando seu papel significativo na história do Brasil.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, relembrou sua convivência com Delfim Netto na Comissão de Economia, onde debatiam as políticas de desenvolvimento nacional. Apesar das divergências políticas e econômicas ao longo da vida, Mercadante destacou o compromisso de Delfim com a economia e o crescimento do país. Delfim Netto foi ministro da Fazenda de 1967 a 1974, período de forte expansão econômica, conhecido como ‘milagre econômico’, e também ministro do Planejamento entre 1979 e 1985.
Em nota, o Ministério da Fazenda destacou a importância de Delfim Netto na condução da política econômica brasileira e prestou homenagens ao renomado economista. Neste momento de luto, os servidores do ministério manifestam respeito e solidariedade à família e amigos de Delfim Netto.
Fonte: @ Agencia Brasil
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