Tecnologias-novas promovem campanhas-educativas em aldeias-indígenas, com plano-redução de doenças por meio de mobilização-comunicação e larvicidas-EDLs, complementadas por estáciones-disseminadoras e técnica-inseto de borrifação-residual.
O aumento na temperatura média global pode afetar o comportamento das populações de mosquitos transmissores da dengue, aumentando a probabilidade de transmissão da doença em todo o mundo. Isso é um sinal de alerta para as autoridades de saúde, que devem reforçar o controle das infestações de mosquitos.
Além disso, a pandemia da COVID-19 impediu o controle da dengue, pois as atividades de erradicação de mosquitos foram prejudicadas. Isso pode levar a um aumento no número de casos da dengue em áreas onde a doença já é endêmica. A transmissão de doenças pode ser mais eficaz em áreas com alta densidade populacional, como cidades, onde o controle de mosquitos é mais complicado.
Controle da dengue: investimento maciço do Ministério da Saúde
Com o objetivo de controle a tendência de aumento no período sazonal, o Ministério da Saúde reservou investimento de R$ 1,5 bilhão em uma estratégia que inclui uso de novas tecnologias para o controle da doença, além de ter intensificado campanhas educativas. Além disso, também foi feita a aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra dengue para 2025 e, em uma atuação tripartite, parceria estreita com governos estaduais e municipais.
Em acordo com os principais órgãos de saúde internacionais, o Brasil lançou o Plano para Redução da Dengue e de Outras Arboviroses em setembro de 2024. Em colaboração com instituições públicas, privadas e organizações sociais, estão em implementação 6 eixos de ação que incluem prevenção; vigilância; organização da rede assistencial com qualificação de profissionais para diagnóstico e tratamento adequado; e mobilização e comunicação comunitária, considerando que 75% dos focos estão dentro das residências.
O Ministério da Saúde mantém diálogo constante com estados e municípios, tendo realizado reuniões de monitoramento das ações com as unidades federativas e cidades com mais de 100 mil habitantes. No início da gestão, em 2023, foi feita a recomposição dos estoques de inseticidas em todo o país e, agora, com a regularização dos estoques e atendimento das demandas, 100% dos estados estão abastecidos.
Para o controle do vírus, o Ministério da Saúde investe no uso de novas tecnologias: destacam-se a ampliação do método Wolbachia; para áreas de difícil acesso, como periferias, a incorporação ao SUS das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs); em aldeias indígenas, o uso da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação; e borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em creches, escolas, asilos e locais de grande circulação.
Controle da dengue: quais fatores contribuíram para o aumento dos casos em 2024?
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente, a dengue é considerada endêmica em mais de 130 países – um dos efeitos das mudanças climáticas. As alterações no clima têm afetado as condições de saúde em todo o mundo e, uma das consequências é o aumento nas arboviroses não somente no Brasil, mas em diversos locais.
Desde 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que surtos de dengue foram observados pela primeira vez em locais como Afeganistão, Paquistão, Sudão, Somália e Iêmen, e a transmissão local passou a ocorrer na Espanha, Itália e França. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em 2024, nas Américas, o número de casos nos seis primeiros meses de 2024 excedeu o número de casos notificados anualmente em comparação a todos os anos anteriores. No México, por exemplo, houve um aumento de 241% em relação ao mesmo período de 2023; e 357% em relação à média dos últimos cinco anos.
Na Guatemala, esses meses registraram 1.341 casos, o que representa um aumento de 1.142% em relação ao mesmo período de 2023.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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