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Risco limitado para analistas do banco de investimentos americano devido à margem do banco central americano para cortar a taxa de juros e agir rapidamente. Relatório de emprego e mercado de trabalho.
Especialistas do Banco Central do Brasil divulgaram um estudo que indica um aumento nas projeções de recessão no país nos próximos meses, elevando a preocupação para 30%.
No entanto, mesmo diante desse cenário de crise econômica iminente, é importante manter a cautela e buscar soluções para mitigar os impactos negativos. Saiba mais sobre promover a felicidade e a resiliência
Analistas veem risco de recessão limitado apesar de fraqueza nos dados de emprego
Apesar da crise econômica, os analistas continuam a avaliar o risco de recessão como limitado. Isso se deve não apenas aos dados positivos no geral e à ausência de grandes desequilíbrios financeiros, mas também à capacidade do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) de reduzir a taxa de juros e apoiar a economia rapidamente, se necessário. Os analistas estão cautelosos em interpretar os números de empregos de julho como uma nova tendência. Embora o Bureau of Labor Statistics tenha afirmado que o furacão Beryl não impactou significativamente os dados do mercado de trabalho, há indícios de fatores temporários influenciando. É comum cometer o erro de extrapolar demais a partir de um relatório de empregos, a menos que ocorra um choque significativo que altere drasticamente o cenário.
Aumento na taxa de desemprego não é necessariamente um sinal de recessão iminente
Os analistas também apontam que o aumento na taxa de desemprego, embora maior e preocupante, pode não ser tão perigoso quanto em ocasiões anteriores. Isso se deve ao fato de que mais de 70% do aumento em julho decorreu de demissões temporárias, que podem ser revertidas e não são indicativas de uma recessão iminente. Além disso, a baixa taxa de demissões permanentes reduz o risco de um ciclo vicioso de perda de renda e redução de gastos se estabelecer rapidamente. Parte do aumento em julho reflete questões temporárias no mercado de trabalho, incluindo desafios na busca por emprego para novos imigrantes.
Goldman Sachs revisa previsão de cortes de juros após relatório de emprego
Diante desse cenário, os analistas do Goldman Sachs ajustaram suas previsões sobre os cortes de juros após a divulgação do relatório de emprego. Agora, esperam uma série inicial de três cortes consecutivos de 25 pontos-base em setembro, novembro e dezembro, em vez dos cortes trimestrais anteriormente previstos. A premissa por trás dessa previsão é que o crescimento do emprego se recuperará em agosto e que o FOMC considerará os cortes de 25 pontos-base como uma resposta adequada a quaisquer riscos de queda. No entanto, se o relatório de emprego de agosto for tão fraco quanto o de julho, um corte de 50 pontos-base seria provável em setembro.
Receitas corporativas desaceleram, mas continuam crescendo a um ritmo saudável
Embora a mensagem das empresas sobre o consumo seja mais pessimista, o banco de investimento acredita que esses receios estão exagerando os relatos mais negativos da temporada de resultados. No geral, as receitas corporativas estão desacelerando, mas ainda mantêm um crescimento saudável, com surpresas positivas em relação às previsões. A crise econômica não parece ter afetado de forma significativa a trajetória positiva do mercado de trabalho e do banco central americano, que continuam a ser pontos de estabilidade em meio à incerteza econômica.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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