ouça este conteúdo
Qualificação para urgências obstétricas e neonatais na terra indígena Yanomami: triagem e assistência emergencial à população.
Profissionais de saúde que trabalham na região Amazônica estão passando por capacitação para aprimorarem o atendimento em comunidades remotas. O objetivo é fortalecer a saúde preventiva e melhorar o acesso a cuidados médicos de qualidade. Essa iniciativa visa impactar positivamente a vida de milhares de pessoas na região.
Além disso, a formação desses profissionais de saúde qualificados é essencial para garantir que as comunidades locais recebam a assistência necessária. A capacitação contínua é fundamental para enfrentar os desafios de saúde enfrentados por essas populações. Investir no desenvolvimento desses profissionais é investir no bem-estar e na qualidade de vida de todos.
Saúde: Capacitação de Profissionais de Saúde na Terra Indígena Yanomami
Em comunicado oficial, o Ministério da Saúde divulgou que a formação especializada tem como objetivo principal aprimorar a assistência às urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária. Um total de 70 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que prestam serviços no território yanomami, na maternidade da Casa de Saúde Indígena (Casai) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), estão passando por treinamentos intensivos.
A iniciativa visa reduzir a mortalidade materna decorrente de complicações como hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia. O programa de capacitação abrangerá situações de emergências obstétricas, cuidados no parto, reanimação e transporte de recém-nascidos, além de promover a qualificação para a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância, conforme ressaltado pelo Ministério.
Além disso, está previsto um segundo treinamento, também ministrado na Terra Indígena Yanomami, com foco na reciclagem dos profissionais de saúde para a prevenção, diagnóstico e tratamento da malária. Durante o curso, são revisadas práticas como a abordagem do ciclo da doença, sintomas, diagnóstico por meio de exame clínico, realização de testes rápidos e coleta de amostras.
Dentro do programa de formação, os profissionais de saúde terão a oportunidade de interagir com lideranças indígenas e médicos tradicionais, visando a troca de conhecimentos sobre os cuidados e as particularidades do comportamento dos povos indígenas diante da enfermidade. Temas como adesão ao tratamento, administração de medicamentos e características específicas da comunidade yanomami também serão abordados, juntamente com práticas de educação em saúde, como controle ambiental, notificação e registro de casos.
Adicionalmente, de acordo com informações da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), a triagem e a prevenção da desnutrição são o foco de aulas direcionadas aos agentes de saúde. O objetivo é fortalecer procedimentos como a identificação dos fatores determinantes da desnutrição, ressaltando a importância de medidas como aferição de temperatura e altura, pesagem e realização do teste de perímetro braquial.
Os dados da Sesai revelam que a Terra Indígena Yanomami é a maior reserva indígena do Brasil, com uma extensão de 10 milhões de hectares, abrangendo mais de 380 comunidades e cerca de 30 mil indígenas, reforçando a relevância das ações de saúde voltadas para essa população.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo