Faturamento de R$ 94 milhões, dívidas de R$ 103 milhões, precisa renegociar dívidas para melhorar saúde financeira.
O grupo de supermercados St Marche, conhecido por atender à alta renda, encontrou-se em uma situação financeira delicada, com dívidas que somam R$ 639 milhões, e decidiu entrar com um pedido na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo para renegociar essas dívidas. Essa medida visa encontrar uma solução para o pagamento dessas dívidas, que têm sido um grande desafio para a empresa.
A decisão do juiz Jomar Juarez Amorim de aceitar parte do pedido e suspender as execuções por 60 dias é um alívio temporário para o grupo St Marche, que agora precisa se concentrar em renegociar suas obrigações e compromissos financeiros. Além disso, o endividamento da empresa é um problema que precisa ser enfrentado, e a renegocição das dívidas é um passo importante para resolver essas pendências. É fundamental encontrar uma solução para essas dívidas o mais rápido possível, e a empresa precisa trabalhar arduamente para evitar que a situação financeira piore. Com uma estratégia bem planejada, o grupo St Marche pode superar essas dificuldades e voltar a ser uma empresa saudável e próspera.
Consequências das Dívidas
A situação financeira do St Marche é complicada, com um caixa negativo de R$ 10 milhões em janeiro, enquanto as dívidas a pagar no período somaram R$ 103 milhões, superando o faturamento de R$ 94 milhões. As dívidas cresceram devido à elevação dos juros, o que afetou a saúde financeira da empresa. Além disso, os credores do fundo Quatá Plus declararam o vencimento antecipado de obrigação no valor de R$ 8,25 milhões, em razão de protestos de títulos sofridos pela holding Hortus. O St Marche também teve dificuldades em evitar que o fundo Alternative Assets, do BTG, declarasse o vencimento antecipado de debêntures, o que aumentou as pendências e compromissos da empresa.
Impacto do Endividamento
A empresa ressalta que tem enfrentado severa crise financeira, em especial em virtude da situação macroeconômica do Brasil e os sucessivos aumentos da taxa de juros, que hoje é refletida no relevante endividamento do grupo. O St Marche afirma que não conseguiria mais operar sem a ação judicial, pois toda sua receita seria para pagar dívidas. Além disso, a empresa tem R$ 42 milhões em aberto com fornecedores, ou seja, em valores a pagar, o que aumenta as obrigações e pendências. A empresa está tentando renegociar dívidas com os credores financeiros, mas a situação se agravou nos últimos dias.
Consequências da Crise Financeira
A crise financeira do St Marche foi formada como parte de uma estratégia para atender uma fase de crescimento do varejo no período da pandemia. A rede investiu R$ 120 milhões para acelerar a abertura de novas lojas, mas não conseguiu levantar os recursos por meio da oferta de ações. Em vez disso, a empresa recorreu a linhas de financiamento com bancos e à emissão de dívida para investidores, o que aumentou as dívidas e compromissos. Com o avanço na taxa de juros, as obrigações contratadas ficaram mais pesadas e impactaram a saúde financeira do grupo. O aumento dos custos financeiros se deu num contexto de elevação dos juros, o que afetou a capacidade da empresa de pagar suas dívidas e compromissos.
Medidas para Superar a Crise
O St Marche abriu procedimento de mediação na Câmara Especial de Resolução de Conflitos Empresariais para renegociação das dívidas com os credores financeiros. Além disso, a empresa está tentando reduzir suas pendências e compromissos, mas a situação se agravou nos últimos dias. O juiz concedeu em parte a tutela de urgência cautelar, apenas para determinar a suspensão de execuções contra as requerentes, pelo prazo improrrogável de 60 dias. A empresa está trabalhando para melhorar sua saúde financeira e seguir crescendo de forma sustentável, mas as dívidas e compromissos continuam a ser um desafio.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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