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Ministro promoveu acordo de cooperação em tributação internacional, com trilha de finanças e pagamento progressivo proporcionalmente maior.
O ministro da Economia, Luiz Henrique Mandetta, revelou que a discussão sobre impostos no G20 avançou significativamente durante o encontro de líderes financeiros em São Paulo. Foi estabelecido um compromisso mútuo para aprimorar a transparência fiscal e a troca de informações entre os países membros, visando combater a evasão fiscal e a elisão tributária.
Em relação aos impostos sobre os super-ricos, a proposta de reforma tributária apresentada pelo governo inclui medidas para aumentar a progressividade do sistema fiscal, garantindo uma maior contribuição proporcional daqueles com maior capacidade financeira. A discussão sobre a tributação de super-ricos tem sido um tema central nas políticas econômicas atuais, visando promover uma distribuição mais equitativa da carga tributária no país.
Brasil destaca importância da tributação de super-ricos no G20
Haddad ressaltou a relevância da taxação de super-ricos, mencionando que a proposta brasileira no G20 inclui várias menções explícitas sobre os impostos sobre os mais abastados. Apesar da oposição de alguns países, foi possível chegar a um acordo em prol de uma tributação progressiva. Isso implica em um pagamento proporcionalmente maior de impostos por parte dos mais ricos e menor por parte dos mais pobres.
Comunicado da trilha de finanças do G20
O comunicado conjunto da trilha financeira do G20 foi divulgado, representando uma grande conquista para a diplomacia brasileira. Dois documentos de consenso serão emitidos: a declaração final e o acordo de cooperação. Além disso, um terceiro texto abordará questões geopolíticas da presidência brasileira.
Brasil comemora vitória no G20
Houve celebração em relação ao comunicado do G20, considerado uma vitória do Brasil e da comunidade internacional. O ministro destacou que a declaração final, composta por 35 parágrafos, enfatiza a luta contra a pobreza e desigualdade, incluindo diversas menções à taxação de super-ricos.
Próximos passos na tributação internacional
Haddad mencionou que o Brasil buscará compromisso da próxima presidência do G20, que será assumida pela África do Sul, para estudar a taxação de ultraricos. Ele ressaltou que o debate não será definido por um governo específico, podendo apenas influenciar o ritmo de tramitação da proposta.
Desafios e perspectivas na tributação de ultra ricos
O ministro destacou a complexidade da tributação de ultraricos, considerando-a uma mudança de conceito sem precedentes. Ele enfatizou a importância da pressão e mobilização social nessa agenda, citando o acordo da OCDE sobre o Imposto Mínimo Global (GMT).
Brasil e a proposta de taxação de ultraricos
Haddad mencionou que a proposta brasileira de taxar os ultraricos se assemelha ao Pilar 3 da OCDE, que estabelece uma tributação mínima global para empresas multinacionais. Ele também abordou o impasse no Pilar 1 da OCDE, relacionado à taxação de multinacionais, devido a um país específico.
Urgência na ação individual dos países
O ministro ressaltou a necessidade de os países agirem individualmente em relação à taxação de ultraricos, considerando que esperar por uma ação conjunta poderia levar anos. Ele enfatizou a importância de tomar providências sem depender de reversões rápidas de cenários internacionais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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