Ataques de grande proporção contra o Irã exigem força militar
Os cidadãos israelenses estão se preparando para o pior, estocando comida e água em caso de necessidade. A situação se tornou ainda mais tensa após um ataque de Israel ao Irã, o que despertou temores de um conflito mais amplo entre os dois países. O governo israelense declarou estado de emergência no seu território na expectativa de retaliação e está tomando medidas para proteger sua população.
A retaliação é um tema que está sendo amplamente discutido, pois o governo israelense acredita que o Irã pode lançar uma represália ou um contra-ataque em resposta ao ataque. Além disso, há temores de que a situação possa escalar para uma vingança ou uma resposta mais ampla, o que poderia levar a uma reação em cadeia. Em meio a essa tensão, os cidadãos israelenses estão se preparando para o pior, sabendo que a retaliação pode ser iminente. Medidas de segurança estão sendo tomadas para proteger a população e garantir a segurança do país. A situação é grave e requer atenção constante para evitar que a situação se torne ainda mais crítica.
Preparativos para Retaliação
Segundo relatos, as prateleiras dos supermercados em Jerusalém estão se esvaziando rapidamente, com as pessoas estocando comida e água em preparação para uma possível retaliação. A maior parte do país foi despertada por volta das 3h da manhã com um breve toque de sirenes e um alerta telefônico sobre uma ‘ameaça significativa’, com as pessoas instruídas a permanecerem perto de um abrigo. Os serviços de emergência de Israel afirmam estar mobilizando serviços de doação e transfusão de sangue em todo o país, enquanto alguns hospitais afirmam estar dando alta a pacientes que estão bem o suficiente para voltar para casa, devido ao estado de emergência. Na Cisjordânia, um lockdown foi imposto em todas as cidades palestinas até novo aviso, como uma medida de represália. Israel está se preparando para uma possível retaliação do Irã, que pode incluir ataques de grande proporção.
Contra-Ataque e Vingança
Autoridades israelenses disseram que 100 drones iranianos foram enviados a Israel, mas teriam sido interceptados pelo exército israelense, o que pode ser considerado uma resposta à retaliação. Israel realizou uma série de ataques de grande proporção contra o Irã na madrugada de sexta-feira, o que pode ser visto como um contra-ataque. Segundo a mídia estatal iraniana, o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami, e o cientista Fereydoon Abbasi, ex-chefe da agência nuclear do país, foram mortos nos ataques, o que pode ser considerado uma vingança. A morte de Salami é um duro golpe para Teerã, e pode levar a uma reação mais forte. A Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) é uma estratégica força militar, política e econômica no Irã, com laços estreitos com o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, que pode ordenar uma retaliação.
Retaliação e Represália
Khamenei afirmou que, com a operação, Israel ‘preparou para si mesmo um destino amargo, que certamente terá’, o que pode ser considerado uma ameaça de retaliação. Já o porta-voz das Forças Armadas do Irã, Abolfazl Shekarchi, afirmou que os Estados Unidos e Israel pagarão um ‘preço alto’, segundo a agência Reuters, o que pode ser visto como uma represália. Os EUA, no entanto, declararam que o ataque foi uma decisão ‘unilateral’ de Israel, o que pode levar a uma reação mais forte. Para o analista de Oriente Médio da BBC Sebastian Usher, o ataque de Israel ao Irã foi mais abrangente e intenso do que suas duas operações militares anteriores no ano passado, o que pode ser considerado um contra-ataque. Os ataques visam não só atingir as bases de mísseis do Irã – e, portanto, sua capacidade de responder com força – mas também eliminar pessoas-chave da liderança iraniana, assim como objetiva a destruição de várias instalações ligadas ao programa nuclear iraniano, para minar a capacidade do Irã de construir armas atômicas, o que pode ser visto como uma retaliação.
Consequências da Retaliação
A mesma estratégia foi adotada por Israel contra o Hezbollah no Líbano e teve consequências devastadoras para o grupo e sua capacidade de montar uma contraofensiva sustentável. Imagens de Teerã mostraram o que parecem ser prédios específicos atingidos, semelhantes às imagens dos ataques de Israel aos subúrbios ao sul de Beirute, que culminaram na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Nenhuma figura dessa importância morreu nos ataques no Irã, segundo os relatos divulgados até agora. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, não foi alvo, mas a retaliação pode ser mais forte. Matar o chefe do Estado-Maior Militar do Irã, o comandante da poderosa Guarda Revolucionária e vários dos principais líderes iranianos pode ser considerado um ato de vingança, e pode levar a uma reação mais forte, incluindo a mobilização de serviços de emergência e a imposição de um estado de emergência.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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