Universidade Federal de São Paulo testou tratamento com nitrogênio líquido, técnica de resfriamento para anestesia em cuidados intensivos.
Na cidade de São Paulo, uma equipe de médicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveu um novo tratamento para o câncer de mama, baseado na crioablação, uma técnica criada para a destruição de tumores.
A Unifesp, instituição vinculada ao Ministério da Educação (MEC), realizou essa crioablação, pela primeira vez em um hospital público brasileiro, em uma paciente com câncer de mama, uma _doença_ que afeta o corpo feminino e pode causar câncer. A aplicação da crioablação é um tratamento que envolve a medicina de precisão, com o objetivo de erradicar tumores sem necessidade de cirurgia, por meio de um procedimento que utiliza temporadas de câncer.
Tecnologia Avançada no Tratamento do Câncer de Mama
A Unidade Diagnóstica do ambulatório de Mastologia do Hospital São Paulo (HSP/Unifesp) foi o local escolhido para o primeiro protocolo de pesquisa na América Latina que utiliza a técnica de crioablação para o tratamento do câncer de mama. Esse procedimento revolucionário, que utilizará nitrogênio líquido para congelar e destruir células cancerígenas ou tecidos alvo, é minimamente invasivo e pode ser realizado em ambulatório, sem necessidade de internação hospitalar, com o uso de anestesia local, garantindo uma abordagem indolor e de alto grau de precisão.
A Criação de Uma Nova Abordagem para o Tratamento do Câncer
A crioablação é um procedimento complexo que utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células cancerígenas ou tecidos alvo. Durante o procedimento, foram realizados três ciclos de 10 minutos, alternando o congelamento e o descongelamento do tumor mamário. O nitrogênio líquido, a uma temperatura de cerca de -140º, foi inserido por meio de uma agulha na região afetada, formando uma esfera de gelo, destruindo o tumor. A incisão deixada pela agulha é igual ou até menor à própria biópsia realizada pela paciente, explica Afonso Nazário, professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp.
A Primeira Fase do Estudo: Uma Eficácia de 100% para Tumores Menores do que 2cm
A primeira parte do estudo consistiu na realização da crioablação seguida de cirurgia, que contou com aproximadamente 60 casos, obteve uma eficácia de 100% para tumores menores do que 2cm. Essa etapa inicial marcou a continuidade da pesquisa de pós-doutorado de Vanessa Sanvido, docente da instituição, relacionada ao câncer de mama. A segunda fase do protocolo consiste na comparação de um grupo em que é feita a crioablação sem a necessidade de realização de uma operação, com outro grupo em que é feita a cirurgia tradicional. Mais de 700 pacientes participarão da pesquisa em 15 centros de saúde do estado de São Paulo, explica Sanvido.
O Futuro da Crioablação no Tratamento do Câncer de Mama
As agulhas utilizadas no procedimento têm um valor alto. Mas com a expansão do uso da crioablação, acreditamos que o custo da agulha vai cair e se tornar mais acessível. Nós estamos otimistas de que poderemos, futuramente, contar com o procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS), espera Nazário. Nosso objetivo é tirar da fila do SUS de 20 a 30% das pacientes, contribuindo assim para a melhoria da saúde da população brasileira.
Fonte: © MEC GOV.br
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